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quinta-feira, 26 de junho de 2014

As Plêiades

As Plêiades


As Plêiades


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 Uma "acusação" notavelmente rebuscada, é que as Testemunhas de Jeová ensinaram no passado que Jeová residia na constelação das Plêiades. Consideremos o assunto.
Conforme sabemos bem, no livro Proclamadores, Russell cria que a Grande Pirâmide de Gizé corroborava períodos bíblicos, e que Isaías 19:19, 20 aludia a ela. Ainda que pessoalmente parecia estar convicto, não o considerava um dos ensinos fundamentais que todos os cristãos deviam aceitar (A Sentinela de 15 de novembro de 1928 explicou que a Pirâmide tem relação com a religião falsa e que Isaías 19:19, 20 falava em sentido figurativo). Bem, pois no terceiro volume de Estudos das Escrituras, no capítulo 10, Russell citou à pessoa da que, ao que parece, herdou suas ideias com respeito à Pirâmide, o reverendo Joseph Seiss, que escreveu:
“A ciência terminou por descobrir que o Sol não é um centro morto, estacionário, ao redor do qual giram os planetas. Demonstrou-se que o mesmo Sol está em movimento ao redor de outro centro de atração consideravelmente mais poderoso, arrastando com ele por todo o espaço toda seu esplêndida corte de cometas e planetas com seus satélites. Os astrônomos não se puseram ainda de acordo sobre onde está este centro de atração nem sobre sua situação no espaço. Não obstante alguns de entre eles creem ter encontrado a direção deste centro que estaria nas Plêiades e particularmente em Alcyón, a estrela central desta famosa constelação. A honra de ter feito esta descoberta se lhe concedeu ao distinto astrônomo alemão, o professor J.H. Maedler. Alcyón, portanto até onde a ciência é capaz de ver parece ser o "trono da meia-noite" e compreenderia a sede central de todo o sistema gravitatório e desde o qual o Todo-Poderoso governaria seu Universo. Corresponde com este fato maravilhoso o que na data da construção da Grande Pirâmide, na meia-noite do equinócio de Outono tal como se conserva nas tradições de muitos povos [nesta data é realmente quando começa no ano, dez dias antes do Dia da Expiação começava o ano judaico tal como mostra o volume dois de "Estudos das Escrituras"], as Plêiades se encontravam sobre o meridiano desta Pirâmide com Alcyón precisamente sobre esta linha".
(Algumas fontes costumam citar erroneamente estas palavras como se fossem de Russell, mas são de Seiss; o único que adiciona Russell é o que vem entre colchetes).
O ensino pelo que se pergunta se pode extrair deste parágrafo: a cúspide da Pirâmide assinalava em direção às Plêiades, onde na Antiguidade se encontrava o centro da galáxia. Já que no século XIX se cria que o centro de nossa galáxia era o centro do Universo e já que a Pirâmide parecia assinalar em sua direção, Russell pensava que era possível que Jeová residisse ali. Não tem absolutamente nada que ver com a astrologia; a postura sobre a astrologia e a adivinhação foi sempre a mesma entre as Testemunhas de Jeová. Simplesmente, os cientistas criam que toda a matéria do Universo girava em torno de um centro, e Russell considerava razoável pensar que Jeová o controlava todo desde aquele lugar. Isto estava em harmonia com sua crença de que Deus não está em todas partes, senão que tem um corpo espiritual e reside num lugar concreto do Universo.
Isto também não se considerava um ensino fundamental, mas mostra quão real era Jeová para os primeiros Estudantes da Bíblia. Trinta e sete anos depois, em 1928, o livro Reconciliação fez uma breve menção em sua página 14 deste mesmo assunto. Quando no final de 1928 se compreendeu melhor o assunto da Grande Pirâmide, foi-se abandonando esta ideia com respeito às Plêiades. Em A Sentinela de 15 de novembro de 1953, explicou-se de forma específica por que não há nenhum fundamento bíblico para essa crença. Hoje sabemos que os céus bíblicos são uma região espiritual, e provavelmente não têm nada que ver com o universo físico. Mas seguimos convencidos de que Deus é uma pessoa real, com um corpo, e que ocupa um lugar concreto desde onde vê e o controla todo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Russell e a Maçonaria

Russell e a Maçonaria




Muitos inimigos parecem mais encantados com a mentira do que com a verdade e, em vez de expressar seu desacordo com as verdadeiras crenças ou costumes das Testemunhas de Jeová, preferem atacar-nos recorrendo a mentiras!

Exemplos disto são as acusações de que Charles Taze Russell era  maçom. Embora não tenhamos nada contra os maçons e sim contra a intolerância e os prejuízos, parece que esta acusação é encaminhada as pessoas que não nos conhecem e sintam desconfiança de nós, crendo que há algum mal oculto atrás de nossa aparência de amor cristão. Se é certo ou não, o que é certo é que se trata de uma acusação sem fundamento, algo que nenhuma pessoa sincera pode levar a sério.

Quais são os principais argumentos que utilizam para "demonstrar" sua acusação? Vamos considerar três deles:

1. Russell foi enterrado junto a um grande templo maçônico de Pittsburgh, como pode ver em fotos recentes que circulam pela internet;

2. Russell usou o símbolo de cruz e coroa, que é um símbolo de um grupo maçônico chamado 'Os Cavaleiros Templários';

3. Em um discurso que Russell pronunciou em 1913 em um templo maçônico, reconheceu ser um maçom e que seus ensinamentos concordavam com a maçonaria.

NÃO FOI SEPULTADO EM UM TEMPLO MAÇÔNICO

Uma das "provas" que os críticos usam para provar uma origem obscura de nossa organização, são fotografias tomadas do monumento funerário que os Estudantes da Bíblia construíram no terreno do cemitério pertencente a Sociedade Torre de Vigia, onde havia sido enterrado Russell e outros.

Prova esta réplica de pirâmide que Russell havia tido ligações com a maçonaria e o esoterismo?
Encontra-se o túmulo de Russell em um cemitério de um Templo Maçom?

A maioria de quem utilizam estas "provas"  afirma que a Sociedade Torre de Vigia tem ocultado em suas publicações as crenças que Russell tinha. Isso não é verdade! A publicação "Testemunhas de Jeová- Proclamadores do Reino de Deus" página 201, menciona o que Russell pensava da Grande Pirâmide e explica o porquê:


"Por uns 35 anos, o Pastor Russell pensava que a Grande Pirâmide de Gizé fosse a pedra de testemunho de Deus que confirmava períodos bíblicos. (Isa. 19:19) Mas as Testemunhas de Jeová abandonaram a idéia de que uma pirâmide egípcia tenha algo que ver com a adoração verdadeira." 
(Veja os números de 15 de novembro e de 1.° de dezembro de 1928 dE "A Sentinela", em inglês).

Se a crença de Russell a respeito da pirâmide não era certa, baseou seu entendimento na Palavra de Deus, e não na piramidologia e o esoterismo como alguns afirmam. Tão forte era sua convicção na Pirâmide e a relação dela com as profecias bíblicas, que levaram os Estudantes da Bíblia a construir um monumento em forma de pirâmide próxima a tumba de Russell, no cemitério de Pittsburgh dedicado a todos os trabalhadores da Torre de Vigia dos EUA.

Os ditos exagerados dos opositores fazem com que alguns olhem com repugnância tal pirâmide, pois em seu afã de demonizar tudo relacionado com as Testemunhas de Jeová, fazem que você olhe na forma de um monumento ocultista e com características franco-maçonicas. A pirâmide tem gravado o letreiro "WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY" e o símbolo de uma cruz coroada, que se demonstrará que não é propriamente um símbolo maçônico.
Mas, sem dúvida, há quem acuse afirmando que C. T. Russell está sepultado em um cemitério de um Templo Maçônico. O que há de verdade?

Ele morreu em 1916. O templo maçônico (ou melhor, loja maçônica, pois não é um templo) ainda não existia. Foi construído em 1995, uns 80 anos depois.


 
A CRUZ E A COROA NÃO SÃO UM SÍMBOLO PROPRIAMENTE MAÇÔNICO
Charles Taze Russell utilizou a cruz coroada como parte do enunciado da revista "A Sentinela". Segundo sua crença, Jesus havia sido morto em uma cruz e a considerava símbolo da fé cristã. A coroa representava seu posto como Rei nomeado por Deus. Por isso tal símbolo aparecia no enunciado da mencionada revista desde 1881 até 1931. Mais tarde, as Testemunhas de Jeová compreenderam que a cruz não é o símbolo do cristianismo e nem se deve representá-lo mediante objetos. Também entenderam que Jesus não havia morrido em uma cruz, e sim em um madeiro vertical, sem nenhuma viga horizontal.

Mas alguns argumentaram que esta cruz era parecida com a cruz que os franco-maçônicos utilizavam. Indica tal similaridade que Russell havia feito parte de tal denominação? É verdade que são muito parecidas, muitas igrejas da cristandade a utilizam desde muito tempo. Estão inclusos em seus próprios edifícios religiosos!
Observe agora algumas fotografias de distintos edifícios religiosos que aparecem em páginas de internet das igrejas luterana, metodista, presbiteriana e católica. Agora vem a pergunta: É possível que estas igrejas tenham ligações com a maçonaria?

Cruz coroada em uma Igreja Evangélica Luterana

Cruz e Coroa

Cruz coroada em uma Igreja Presbiterianahttp://mlupc.org/windows/windows.htm



Cruz coroada em uma Igreja Metodistahttp://www.gbgm-umc.org/bradford/



Cruz coroada em uma janela de uma Igreja Unida Metodistahttp://www.ridgewoodumc.org/stainedglass.htm

E finalmente, as seguinte imagens mostram que os sacerdotes católicos levam em suas batinas religiosas o símbolo "diabólico"!
Com tudo isso, demonstra-se novamente que Russell não fez parte da maçonaria. Mas se você segue cegamente a mesma acusação, então somos forçados a crer que a Igreja Católica Romana tem adotado símbolos maçônicos e, portanto, sua origem é maçônica, ou igualmente a Igreja Luterana ou a Unida Metodista! Mas essa não é a realidade!

A realidade é esta: a cruz e coroa não é um símbolo exclusivo e próprio que a maçonaria tenha inventado como símbolo de seu movimento. Foi a maçonaria que adotou o emblema da cristandade católica (posto que esta tomou a cruz do paganismo e a incorporou às suas crenças e culto) e por sua vez este símbolo foi adotado da Igreja de Roma por pelo menos mais três igrejas protestantes mencionadas nesta página.

O DISCURSO DE RUSSELL
A melhor forma de mostrar a falsidade desta acusação é ler o discurso. Se trata de um discurso pronunciado aos irmãos em 1913. Neste discurso, Russell segue o bom exemplo de Paulo, que se dizia judeu aos judeus e gentio aos gentios. Aproveitando que a assembleia foi celebrada no templo maçônico, o irmão falou das coisas que temos em comum com a maçonaria, depois de dizer que também temos coisas em comum com católicos, presbiterianos, etc. Russell disse diretamente que não é um maçom. Em outro momento, disse que sim, que era um maçom, mas em sentido figurado, pois em seu discurso ele compara a congregação cristã com uma sociedade maçônica, a título de ilustração. Se este discurso demonstra que Russell era maçom, também demonstra que era presbiteriano, metodista, batista, congregacional, católico e anglicano.
Em 1913, enquanto Charles Taze Russell realizava excursões de pregação, foi convidado a explanar sobre suas crenças em um centro de adoração maçônico. Seu discurso tratou acerca do que ele pensava sobre as distintas denominações religiosas e seu conceito sobre os Franco-Maçons livres e aceitos. Falou tão bem deles, que algumas de suas palavras tem sido interpretadas de forma distinta: Se tem afirmado que ele também era um maçom livre e aceito. Esta é uma das várias razões por que os opositores das Testemunhas crêem que nossa origem tem muito que ver com a maçonaria.
Uma revisão de certas partes do discurso nos ajudará a elucidar a questão.
“ Meu tema para esta noite, queridos amigos, se baseia nas palavras do apóstolo, quando disse: “Porque o Templo de Deus é santo, o qual são vocês.”(1 Coríntios 3:17) Como pessoas cristãs, os Estudantes da Bíblia de todas as denominações, parece que temos algo em nossa fé que é comum e que está em harmonia com cada uma das denominações no mundo inteiro. Que nossos amigos Presbiterianos falam da eleição? Nós mais ainda. Que nossos amigos Metodistas tem a doutrina da graça livre? Nós também. Que nossos amigos Batistas entendem a importância do batismo? Nós muito mais. Que nossos amigos da Igreja Congregacional apreciam os grandes privilégios da individualidade no governo da Igreja? Nós o apreciamos mais. Que nossos amigos Maçons sabem algo sobre o Templo e inclusive alguns chegam a ser Cavaleiros Templários e outros? Nós mais ainda. Que nossos amigos Católicos Romanos e da Igreja Anglicana crêem em uma Igreja Universal? Nós mais ainda.”
Não duvidamos que assim como o Pastor Russell aceitou dar um sermão em um templo franco-maçom, também o tivera feito em alguma Igreja Católica ou Protestante, pois se observa sua simpatia e interesse por estas distintas religiões que mencionou na parte inicial de seu discurso. Veja a parte crítica do discurso de Russell...
“ Me sinto feliz de dirigir-me aos delegados que vieram especialmente das cidades da baía, incluindo também aos representantes de uns trinta e cinco estados que participam comigo nesta excursão. Estou muito contente de ter esta oportunidade particular de dizer umas palavras em relação com algumas coisas em que estamos de acordo com nossos amigos maçons, porque estamos falando em um edifício consagrado a Maçonaria, e porque ademais nós também somos maçons. Eu sou um Franco-Maçom livre e aceito, e se posso abordar a questão com todo seu aspecto, é porque correspondo com nossos irmãos maçons que apreciam dizermos que eles são Maçons livres e aceitos. É sua maneira de apresentar as coisas. Pois bem, eu também sou um Maçom Livre e Aceito. Confio que todos somos. Mas não unicamente segundo o modelo de nossos irmãos maçons com o que não temos nada que discutir.”
Estas palavras sublinhadas (por nós) pareceram tão claras para se dizer que o Pastor Russell era sim um “Franco-Maçom Livre e Aceito”. Mas, depois também disse:
Porém eu nunca fui maçom, tenho ouvido dizer que na Maçonaria, tem algo que ilustra muito rigorosamente tudo isto. Se trata da equitação da cabra, etc. E a Bíblia fala da cabra, como vocês sabem. A Bíblia indica que sua cabra, a que vocês tem que montar a cavalo mais ou menos cada dia, é sua própria carne. Nossos amigos Maçons tem vivenciado muito bem durante sua fundação. Tenho me perguntado como conseguiram descobrir tantos dos segredos de nossa Ordem Alta e Aceita da Maçonaria... Muitos maçons me dão a mão e me dão sua confiança com um apertão (cumprimento maçom); eles não sabem se eu sou um maçom ou não.”
Este discurso é um paradoxo. Nesta parte afirmou que “nunca foi maçom” e que os maçons não sabiam se “ele era ou não maçom” e que havia escutado “algo assim” da Maçonaria. Para que ele tivesse sido realmente um maçom, os franco-maçons não teriam nenhuma dúvida acerca dele, e ademais não teria estado confuso acerca dos ideais deste movimento, pois ao ser parte dele, o conheceria amplamente.
Qual é a verdade? Era ou não era um franco-maçom? Nós cremos que não era. Então, pois, quais foram os prováveis motivos que levaram-no a autoproclamar-se “franco-maçom livre e aceito”? Ele era um pregador do Reino que sem dúvida utilizou os métodos de evangelização dos apóstolos de Jesus Cristo.

IMITOU O APÓSTOLO PAULO

Em sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo declarou: E, assim, para os judeus tornei-me como judeu, para ganhar judeus; para os debaixo de lei tornei-me como debaixo de lei, embora eu mesmo não estivesse debaixo de lei, para ganhar os debaixo de lei. Para os sem lei tornei-me como sem lei, embora eu não estivesse sem lei para com Deus, mas estivesse debaixo de lei para com Cristo, para ganhar os sem lei. Para os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me todas as coisas para pessoas de toda sorte, para de todos os modos salvar alguns.” (1 Coríntios 9:20-22)

Eram táticas hipócritas ou de adulação do apóstolo Paulo para converter os pagãos ao Cristianismo? Certamente que não. Foi um método eficaz que ajudou a tais pessoas a conhecer a verdade. Destacou os pontos em comum que tinha com os judeus, para ganhar aos judeus, mas não era na realidade membro da religião judaica. O método do apóstolo foi imitado por Russell.

Se você ler seu discurso, verá que não somente dizia ser franco-maçom, senão também católico, presbiteriano, metodista, batista, congregacional e anglicano. Obviamente estas palavras tem que ser entendidas ao se fazer uma comparação com 1 Coríntios 9:20-22.Qual a prova mais convincente? Ao final de seu discurso ele afirmou: Porém NUNCA fui maçom...”

Dificilmente poderia Russell haver sido maçom ou haver extraído crenças desta denominação, porque esta não tem oficialmente crenças definidas. Ademais, dificilmente Russell pôde extrair crenças religiosas da maçonaria, pois a maçonaria não tem oficialmente crenças religiosas. Por isso, não é de estranhar que nunca se tenha encontrado o nome de Charles Taze Russell em nenhum registro de nenhuma loja maçônica! Para confirmar essa afirmação, veja a resposta oficial de um site maçônico, nos seguintes links: 

http://www.freemasonry.bcy.ca/biography/russell_c/russell_c.html

http://www.freemasonry.bcy.ca/anti-masonry/anti-masonry03.html

Notem que eles falam sobre Russell não ser maçom e sobre os 'símbolos maçônicos'. Também, numa citação, no Anuário das Testemunhas de Jeová de 1976, se diz o seguinte:

"Outra mudança de conceito envolvia o símbolo "cruz e coroa", que apareceu na capa da Torre de Vigia em inglês a partir do número de 1.° de janeiro de 1891. Com efeito, durante anos muitos Estudantes da Bíblia usavam um alfinete desta espécie. Como meio descritivo, C. W. Barber escreve: "Na realidade era um distintivo, com uma coroa de folhas de louro nos lados e dentro da mesma havia uma coroa com uma cruz atravessado-a em certo ângulo. Parecia bem atraente e nossa ideia naquele tempo era que significava tomarmos nossa 'cruz' e seguir a Cristo Jesus, a fim de podermos, no devido tempo usar a coroa da vitória."


A respeito do uso de "distintivos cruz e coroa" comenta Lily R. Parnell: "Isto, segundo o irmão Rutherford pensava, era babilônico e devia ser descontinuado. Ele nos disse que quando íamos às casas das pessoas e começávamos a falar, esse era o testemunho em si mesmo." Assim sendo, refletindo sobre o congresso dos Estudantes da Bíblia em 1928, em Detroit, Michigan, escreve o irmão Suiter: "Na assembleia, mostrou-se que os emblemas cruz e coroa não só eram desnecessários mas condenáveis. Assim, descartamo-nos desses itens de jóias.' Cerca de três anos depois disso, começando com seu número de 15 de outubro de 1931, A Sentinela em inglês não mais trazia o símbolo da cruz e coroa na capa.

Alguns anos depois, o povo de Jeová aprendeu pela primeira vez que Jesus Cristo não morreu numa cruz em forma de T. Em 31 de janeiro de 1936, o irmão Rutherford lançou para a família de Betel de Brooklyn o novo livro Riquezas. De acordo com a Bíblia, dizia, em parte, na página 27 (26 em português): "Jesus foi crucificado ou afligido, porém não exatamente numa cruz lavrada, como está representado nas imagens que os homens fabricam; a crucificação de Jesus consistiu em ser o seu corpo cravado ou pregado no madeiro."
Realmente, portanto, não há nenhuma prova que apoie o que não é mais que uma mentira, dentre tantas!
Cabe a cada qual verificar se as tantas acusações são procedentes, e nunca julgar toda declaração como sendo verdadeira. - Provérbios 14:15
Observe como até líderes evangélicos que geralmente são os que falam estas mentiras sobre as Testemunhas de Jeová são acusados de serem maçons, será que é verdade?  Cabe a cada um analisar os fatos e não ser taxativo.  


Saiba mais!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Vacinas - 2ª parte

Vacinas - 2ª parte

Vacinas – Entendendo a 'polêmica' tendo 
em vista seu contexto histórico



Conforme vimos, um dos assuntos prediletos e que é bastante polemizado e mal-entendido pelos opositores das Testemunhas de Jeová é a questão da suposta proibição da vacinação pela Torre de Vigia, na primeira metade do século passado, o século XX, com o objetivo de desacreditar as Testemunhas nas questões médicas.  É isso verdade? Mesmo que fosse, quais seriam as reais motivações? Qual era o contexto cultural e histórico dessa época? Como a vacinação era encarada pela massa popular?

Estudando e conhecendo um acontecimento histórico que se passou no Brasil, em meados dos anos 1900, somos ajudados a entender a preocupação geral e a desconfiança que pairava na mente das pessoas da época. O que aconteceu no Brasil naquela época?


Acima, o médico e sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917)


A Revolta da Vacina

O famoso médico e sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz, tinha por objetivo livrar a cidade  do Rio de Janeiro da varíola, mas na primeira campanha de vacinação, há pouco mais de 100 anos, a cidade virou um campo de batalha. Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, o Rio de Janeiro viu o que a imprensa chamou de “a mais terrível das revoltas populares da República”. O cenário era triste: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos — tudo feito por uma turba de 3.000 revoltosos. A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola.

  


                                                                                             Bonde tombado na mobilização popular.


A oposição política, ao sentir a insatisfação popular, tratou de canalizá-la para um plano tramado tempos antes: a derrubada do presidente da República Rodrigues Alves. Mas os próprios revoltosos perderam a liderança dos rebeldes e o movimento tomou rumos próprios. Em meio a todo o conflito, com saldo de 30 mortos, 110 feridos, cerca de 1.000 detidos e centenas de deportados, aconteceu um golpe de Estado, cujo objetivo era restaurar as bases militares dos primeiros anos da República.


  

                                                                               Rodrigues Alves, presidente brasileiro entre 1902 e 1906.



A revolta foi sufocada e a cidade, remodelada, como queria Rodrigues Alves. Hoje, a varíola está extinta no mundo todo. E a Organização Mundial da Saúde discute a destruição dos últimos exemplares do vírus da doença, ainda mantidos em laboratórios dos Estados Unidos e da Rússia.
Rodrigues Alves assumiu a presidência da República em 1902, no Rio de Janeiro, à época capital federal, sob um clima de desconfiança e com um programa de governo que consistia basicamente de dois pontos: modernizar o porto e remodelar a cidade. Isso exigia atacar o maior mal da capital: doenças como peste bubônica, febre amarela e varíola.
A futura “Cidade Maravilhosa” era, então, doente. Segundo a oligarquia paulista do café, de quem Rodrigues Alves era representante, além de vergonha nacional, as condições sanitárias do Rio impediam a chegada de investimentos, maquinaria e mão-de-obra estrangeira. O projeto sanitário deveria ser executado a qualquer preço. Rodrigues Alves nomeia, então, dois assistentes, com poderes quase ditatoriais: o engenheiro Pereira Passos, como prefeito, e o médico sanitarista Oswaldo Cruz, como chefe da Diretoria de Saúde Pública, uma espécie de ministério da saúde da época. Oswaldo Cruz assume, portanto, o cargo em março de 1903, e apregoa: “Dêem-me liberdade de ação e eu exterminarei a febre amarela dentro de três anos”. O sanitarista cumpriu o prometido.


  
  



Charges da época retratam Oswaldo Cruz em campanha e a insatisfação popular.


Em nove meses, a reforma urbana derruba cerca de 600 casas e edifícios, para abrir a avenida Central (hoje, avenida Rio Branco). A ação, conhecida como “bota-abaixo”, obriga parte da população mais pobre a se mudar para os morros e a periferia.
A campanha de Oswaldo Cruz contra a peste bubônica deu certo! No entanto, o método de combate à febre amarela, que invadiu os lares, interditou, despejou e internou à força, não foi bem sucedida. Batizadas pela imprensa de “Código de Torturas”, as medidas desagradaram também alguns positivistas, que reclamavam da quebra dos direitos individuais. Eles sequer acreditavam que as doenças fossem provocadas por micróbios.
Opositores subversivos da época, que já articulavam um golpe contra o presidente Rodrigues Alves, perceberam que poderiam canalizar a insatisfação popular em favor de sua causa: a derrubada do governo, acusado de privilegiar os fazendeiros e cafeicultores paulistas.
No dia 31 de outubro, o governo consegue aprovar a lei da vacinação. Preparado pelo próprio Oswaldo Cruz, o projeto de regulamentação sai cheio de medidas autoritárias. O texto vaza para um jornal. No dia seguinte à sua publicação, começam as agitações no centro da cidade.
Financiados pelos monarquistas — que apostavam na desordem como um meio de voltar à cena política —, jacobinos e florianistas usam os jornais para passar à população suas ideias conspiradoras, por artigos e charges. Armam um golpe de Estado, a ser desencadeado durante o desfile militar de 15 de novembro. Era uma tentativa de retornar aos militares o papel que desempenharam no início da República. Mas, com a cidade em clima de terror, a parada militar foi cancelada. Lauro Sodré e outros golpistas conseguem, então, tirar da Escola Militar cerca de 300 cadetes que marcham, armados, para o palácio do Catete.
O confronto com as tropas governamentais resulta em baixas dos dois lados, sem vencedores. O governo reforça a guarda do palácio. No dia seguinte, os cadetes se rendem, depois que a Marinha bombardeara a Escola Militar, na madrugada anterior. No dia 16, o governo revoga a obrigatoriedade da vacina, mas continuam os conflitos isolados, nos bairros da Gamboa e da Saúde. Dia 20, a rebelião está esmagada e a tentativa de golpe, frustrada. Começa na cidade a operação “limpeza”, com cerca de 1.000 detidos e 460 deportados.
Mesmo com a revogação da obrigatoriedade da vacina, permanece válida a exigência do atestado de vacinação para trabalho, viagem, casamento, alistamento militar, matrícula em escolas públicas, hospedagem em hotéis.
Em 1904, cerca de 3.500 pessoas morreram de varíola. Dois anos depois, esse número caía para nove. Em 1908, uma nova epidemia eleva os óbitos para cerca de 6.550 casos, mas em 1910 é registrada uma única vítima. A cidade estava, enfim, reformada e livre do nome de “túmulo dos estrangeiros”.
Cerca de quinze tipos de moléstia faziam vítimas no Rio do início do século. As principais, que já atingiam proporções epidêmicas devastadoras, eram a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. Mas havia também sarampo, tuberculose, escarlatina, difteria, coqueluche, tifo, lepra, entre outras.

  


                                                                                                               O vírus da varíola.



Para combater a peste bubônica, Oswaldo Cruz formou um esquadrão especial de 50 homens vacinados que percorriam a cidade espalhando raticida e mandando recolher o lixo. Criou o cargo de “comprador de ratos”, funcionário que recolhia os ratos mortos, pagando 300 réis por animal. Já se sabia que eram as pulgas desses animais as transmissoras da doença. 
Em 1881, o médico cubano Carlos Finlay havia identificado o mosquito Stegomyia fasciata como o transmissor da febre amarela. Cruz, então, criou as chamadas “brigadas mata-mosquitos”, que invadiam as casas para desinfecção. No primeiro semestre de 1904, foram feitas cerca de 110.000 visitas domiciliares e interditados 626 edifícios e casas. A população contaminada era internada em hospitais.
Mesmo sob insatisfação popular, a campanha deu bons resultados. As mortes que em 1902 chegavam a cerca de 1.000, baixaram para 48. Cinco anos depois, em 1909, não era registrada, na cidade do Rio de Janeiro, mais nenhuma vítima da febre amarela.
Em 1907, de volta de uma exposição na Alemanha, onde fora premiado por sua obra de combate às doenças, Oswaldo Cruz sente os primeiros sintomas da sífilis. Envelheceu rapidamente: aos 30 anos, tinha já cabelos brancos. A sífilis causou-lhe insuficiência renal. Mais tarde surgiram problemas psíquicos. Os delírios se intensificaram e conta-se que muitas vezes foi visto à noite, vagando solitariamente pelas dependências do Instituto Manguinhos, que ele próprio ajudara a projetar, em 1903, e que receberia o nome de Instituto Oswaldo Cruz em 1908.
Em 1916 foi nomeado prefeito de Petrópolis. A cidade, envolvida em disputas políticas, não recebe bem a nomeação. Oswaldo Cruz morreu, em 11 de fevereiro de 1917, com uma passeata de protesto em frente à sua casa.

Conclusão
Tendo em vista todos estes fatos que revelavam o receio e desconfiança da população em geral, no Brasil e no mundo, torna-se compreensível também a preocupação por parte do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová em dar orientações sobre os benefícios e potenciais perigos da vacinação, conforme era entendido e conhecido naquele tempo. Nada mais amoroso poderia evidenciar o carinho materno da Torre de Vigia. É válido frisar que até hoje, o que a ciência considera hoje infalível, amanhã pode ser totalmente antiquado e descartável e qualquer tratamento de saúde que ontem era imprescindível, hoje é tido como inócuo. Até mesmo os cientistas divergem entre si neste ou noutro campo. No entanto, quando colocamos as observações feitas nas publicações dentro do contexto histórico da época, fica fácil perceber a real motivação das Testemunhas em se precaver do que poderia ser um risco em potencial. Com o passar do tempo, à medida que a ciência ía evoluindo, novos entendimentos foram tornados disponíveis quanto aos métodos e benefícios da vacinação, o que sempre foi posto à disposição dos leitores das publicações das Testemunhas de Jeová. E isso é o que é feito até hoje à medida que a ciência, tecnologia e medicina vai avançando.

Saiba mais:
Veja a revista Despertai!  8/8/1993 pp. 22-25; 22/5/77 pp. 5-9; 
Site Wikipedia, sob o link http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Vacina 

Vacinas

Vacinas


Estiveram proibidas as vacinas 

entre as Testemunhas de Jeová?
 



Alguns opositores afirmaram erroneamente que as publicações das Testemunhas de Jeová proibiam o uso de vacinas desde 1931 até 1952, e o permitiram depois. Aparentemente, fazem esta afirmação tratando de desacreditar nossa posição atual com respeito às transfusões de sangue, dando a entender direta ou indiretamente que nossa posição sobre a vacinação era igualmente estrita a do sangue e que esta também mudará. Também se trata de dar a imagem de que as Testemunhas não têm nenhuma credibilidade em assuntos médicos.

Muitos de nossos detratores demonstram descuido ao não comprovar os documentos originais para verificar a validez de suas declarações.

Por exemplo, a declaração de que, nos anos 50, as Testemunhas ensinavam que um cristão não devia vacinar-se, é uma falsidade fácil de rebater. Desde 1944, a Sociedade requeria a todos seus representantes que estivessem vacinados.

Em 1944-45, A.H. Macmillan teve que animar a certas Testemunhas encarcerados por objeção de consciência a que se vacinassem. Escreveu: 

"Um dos problemas mais sérios que tive do que tratar era o das vacinas. Alguns de nossos rapazes numa prisão (...) negaram-se a fazê-lo. (...) Disse-lhes que perdíamos o tempo falando dos males da vacina porque poderia dizer-se muito a favor e em contra. (...) Ademais, todos os que visitamos sucursais estrangeiras nos vacinamos, ou se não, ficamos em casa" (A.H. Macmillan, Faith on the March, pp. 188, 189). 

Também é digno de nota o fato de que, das aproximadamente 4.300 Testemunhas encarceradas em diversas prisões de Estados Unidos durante a guerra (segundo Cushman R.E., Civil Liberties in the Ou.S. p. 96-97, Cornell University ress, Ithaca, N.E. 1956; Zygmunt J.F. Jehovah's Witnesses in the USA 1942-1976. Social Compass 24, 47, 1977), só um grupo se negasse a aceitar a vacinação obrigatória.

Já que muitas Testemunhas individuais continuavam rejeitando as vacinas (ao que parece, porque o consideravam um requisito bíblico), o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová viu a necessidade de deixar o assunto claro. Isto se fez na revista A Sentinela em seu número do 15 de dezembro de 1952, edição em inglês (em português, janeiro de 1954): "O assunto de vacinação deve ser decidido por aquele que tem de enfrentá-lo. ...Portanto, toda objeção em bases bíblicas quanto à vacinação, parece não ter fundamento."

Até aqui, vemos facilmente a falsidade de que as Testemunhas de Jeová tivessem proibido aceitar vacinas em data tão tardia como em princípios dos anos 50. Mas, a tinham proibida anteriormente? Por que alguns consideravam antibíblico o uso da vacina? 
Por que dizem alguns que em 1931 se proibiu seu uso?

Esta afirmação se origina por um artigo aparecido no número do 4 de fevereiro de 1931 da revista The Golden Age (A Idade de Ouro, hoje Despertai!), no que se indicavam razões bíblicas de rejeitar o uso da vacina. É verdadeiro que esse artigo existe, mas os opositores não costumam mencionar toda a verdade ao respeito. O artigo não era um artigo editorial, isto é, não o escreveu o editor nem nenhum redator da revista, senão que se trata de uma contribuição de certo Charles A. Pattillo, de Virginia (EUA). O editor não especificou se concordava ou não com a opinião do Sr. Patillo, mas é significativo o fato de que o artigo se apresentasse como uma mera contribuição de alguém alheio à própria revista. O assunto não se apresentou como uma proibição, senão como uma opinião que podia ajudar a tomar uma decisão pessoal.

Não menos significativo é o fato de do que, ao que parece, a revista The Watchtower (A Sentinela) não mencionou nunca o assunto. A Sentinela era por então (até os anos 40) uma publicação interna só para as Testemunhas de Jeová, e era ali onde se tratavam os assuntos bíblicos de maior importância para elas, enquanto a revista The Golden Age era uma publicação para o público, que tocava assuntos mais gerais, de modo parecido à moderna revista Despertai! Nenhum opositor foi capaz de mostrar nenhuma menção contrária às vacinas em A Sentinela nem em nenhuma outra publicação sem ser aThe Golden Age. Não existe nenhum indício de que o uso da vacina se considerasse tão grave como para merecer nenhum tipo de medidas disciplinares; menos ainda a expulsão. Definitivamente, a postura ao respeito era muito diferente à postura atual com respeito ao sangue.

Por outro lado, a opinião de que as vacinas podiam supor uma violação da lei divina sobre o sangue resulta, tendo em conta que o soro de algumas vacinas se produzia em sangue animal. É muito importante ter em conta o contexto histórico deste e outros artigos de The Golden Age.

Isto nos leva a outra questão: à partir do artigo de fevereiro de 1931, na revista se incluíram em várias ocasiões comentários muito críticos às vacinas, não desde um ponto de vista bíblico, senão desde um ponto de vista médico. Eram esses comentários algo injustificado, próprio de pessoas ignorantes, como o enfocam os inimigos das Testemunhas de Jeová?

Provavelmente, a primeira vez que se mencionou uma opinião crítica em relação ao uso da vacina foi em The Golden Age de 12 de outubro de 1921, e a última menção negativa foi na revista Consolation (Consolação, novo nome de The Golden Age) de 31 de maio de 1939. Não era um assunto que se tratasse com muita frequência; encontram-se citações, a maioria delas breves, uma vez em cada ano ou cada dois anos em média (o que não é muito para uma revista que se publicava quinzenalmente).

Nossos opositores também não põem as coisas em sua devida perspectiva. Não têm em consideração o ponto de vista comum que tinham muitas pessoas que não eram Testemunhas naquela época. A vacinação era um assunto altamente polêmico em seus primórdios, com discussões válidas e autoridades reputadas em ambos os lados (contrária à vacinação se encontravam pessoas como o respeitado naturalista Alfred Russell Wallace, o professor Charles Creighton, que escreveu um artigo contra a vacinação para a Enciclopaedia Britânica, ou o famoso escritor George Bernard Shaw). As publicações das Testemunhas de Jeová tratam de apresentar informação médica atualizada a seus leitores e por justiça não se lhes pode criticar a eles mais do que a cientistas e outras autoridades religiosas da época.

Como se via o uso das vacinas em princípios do século XX? Qual era o método utilizado para imunizar às pessoas? O método principal no século XIX e princípios do XX era infectar a uma pessoa com uma variante "suave" (ou atenuada) do vírus; depois, fazia-se que a pessoa voltasse após sete dias, quando apareciam as bolsas de pus; depois se raspava o pus ou a crosta e se utilizava para infectar diretamente à pessoa seguinte, que voltaria em sete dias, e assim sucessivamente. Agora, quem aceitaria hoje em dia que se lhe fizesse isto a si ou a seus filhos? Por conseguinte, talvez se torne fácil compreender os comentários de The Golden Age em sua perspectiva histórica apropriada, e se pode ajudar qualquer um a ver quão obstinados podem estar alguns de nossos opositores em suas campanhas contra as Testemunhas de Jeová!

Com a típica moderação inglesa, a Enciclopaedia Britannica indica:

"Em meados do século XX, ainda se carecia de dados estatísticos adequados referentes à eficácia em seres humanos de algumas das vacinas víricas."


Em 1913, a National Anti-Vaccination League (Liga Nacional contra a Vacinação, da qual era membro Alfred Russell Wallace) da Grã-Bretanha publicou um folheto intitulado “Is Vaccination a Disastrous Delusion?” (É a vacinação um engano desastroso?). O folheto condenava a prática como "ultraje monstruoso e indefensável contra o sentido comum e os direitos pessoais sagrados de cada humano, e especialmente de cada inglês."



O médico britânico Edward Jenner (1749-1823)



O escritor George Bernard Shaw, que havia sido membro do Health Committee of London Borough Council (Comitê de Saúde do Conselho do Bairro de Londres) publicou declarações como as seguintes, entre outras: "A vacinação obrigatória é um crime e deveria ser castigada como tal. (...) A vacina mata mais gente do que a varíola." (do artigo "A Vacinação é um Crime", tomado da revista "Naturalismo", de Barcelona). "No presente, as pessoas inteligentes não fazem vacinar a seus filhos, nem lhes obriga hoje a isso a lei. O resultado não é, como profetizaram os seguidores de Jenner, o extermínio da raça humana pela varíola; pelo contrário, hoje morre mais gente pela vacina que pela varíola"   (publicado no Irish Times de 9 de agosto de 1944).

No outono de 1901, na Filadélfia (EUA ) tinha não menos de 36 casos de tétano, segundo se admitiu, atribuído às vacinas, e quase todos eram mortais. Depois de um estudo destes e de outros 59 casos similares, o proeminente médico e professor da Filadélfia, Joseph McFarland, ardente defensor da vacinação, chegou à conclusão de que - inclusive onde se tinham tomado as precauções mais extremas - o perigo residia na transmissão à vacina do agente causador da doença. Então, sem ter em conta o fato de que o agente causador da doença estava no mesmo líquido tomado das feridas infectadas, e que o agente ainda ficava perigosamente pouco atenuado na vacina preparada desta fonte, ele seguiu recomendando ignorantemente a preparação da vacina, isto apesar do fato de que a ciência médica de seu dia não estar preparada para se por em prática sua recomendação de que se tome o maior cuidado na preparação da vacina. (John Pitcairn, The Fallacy Of Vaccination, 1911, citando de Joseph McFarland, Tetanus And Vaccination -- An Analytical Study Of Ninety-five Cases Of This Rare Complication, 1902).

Na Inglaterra e em Gales pesquisamos que, entre 1881 e 1907, registraram-se 1.108 mortes devidas à vacinação, com uma média de uma morte em cada semana durante os primeiros dezesseis anos (The Registrar-Geral's Report of Births. Deaths and Marriages in England and Wales, vols. XLIV-LXX). Recordemos, também, que as mesmas pessoas que realizavam vacinações admitiram que todas estas 1.108 mortes tinham sido devidas à mesma. Sobre isto, o professor Alfred R. Wallace disse que só na Inglaterra e País de Gales o uso da vacina era a causa provável em cada ano de 10.000 mortes; mortes por cinco doenças do caráter mais terrível e repugnante, introduzidas pelo vírus contido nas vacinas (Alfred Russell Wallace, LL.D., Forty-Five Years Of Registration Statistics, Proving Vaccination To Be Both Useless And Dangerous, segunda edição, Londres, 1889, p. 38).

Mal começavam a desenvolver-se formas mais seguras de vacinação a princípios do século XX. Não foi até 1931 que Woodruff e Goodpasture desenvolveram o ovo de galinha como meio de cultivo para muitos vírus (Woodruff, A. e E. Goodpasture, The susceptibility of the chorio-allantoic membrane of chick embryos to infection with the fowl-pox vírus, 1931. Am. J. Path. 7: 209-222). Não foi até princípios dos anos 50 que Salk desenvolveu sua vacina mais segura e mais eficaz (Jane Smith, Patenting The Sun). Não foi até 1954 que se fizeram provas em grande escala das vacinas de Salk e que provavam sua eficácia.

Poderiam citar-se muitos mais dados e opiniões da época, mas o aqui exposto deveria bastar para mostrar que as Testemunhas de Jeová estavam plenamente justificadas nos anos 20 e 30 para ter uma opinião negativa com respeito a este assunto. Não é coerente criticar só a eles por uma postura compartilhada por muitas outras pessoas, inclusive ministros religiosos de outras confissões; nossas publicações somente fizeram eco de algo que era comum na época (inclusive hoje em dia há múltiplas vozes que se alçam contrárias à vacinação).

Estes ataques costumam terminar com uma melodramática alusão às Testemunhas de Jeová que supostamente morreram por negar-se a aceitar a vacinação (de novo tratando de estabelecer um paralelo com a questão das transfusões de sangue). Já mostramos que não existia uma postura oficial nem se tomavam medidas a respeito de quem fizesse uso delas. Será que se pode dar o nome de uma só Testemunha de Jeová que morresse por rejeitar o uso da vacina? Inclusive se alguém pudesse oferecer uma cifra, sequer aproximada, ainda teria que a contrastar com a dos que morreram precisamente devido ao uso da vacina. Só podemos imaginar quantas pessoas naqueles anos se contagiaram de poliomielite e outras doenças evitáveis e quantos morreram realmente de tétano, de raiva, de influenza, ou de outras infecções devido a aceitar vacinas. Portanto, não seria justo culpar destas mortes ao clero de outras religiões, pois naquela época muitos deles declaravam na realidade o mesmo que as Testemunhas.

Estão dispostos a meditar nestas realidades?

É triste que nossos opositores não publiquem estes fatos! Por que será? 
Só há duas razões possíveis: ou são ignorantes, ou enganam deliberadamente e querem manter a outros em ignorância!


Para saber mais, leia o próximo artigo Vacinas - 2ª parte, bem como os links abaixo:




Para conseguir uma versão gratuita (e-book) do livro "Faith On The March", de A.H. Macmillan, clique no link http://www.4shared.com/document/x3E3qSJa/Faith_on_the_March.htm