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sábado, 7 de novembro de 2015

Cumprimento literal das profecias bíblicas.

Perguntas respondidas

As Testemunhas de Jeová falam de umas profecias que irão se cumprir no futuro, no novo mundo, mas se formos olhar o contexto, percebemos que essas profecias tiveram um cumprimento no passado. Além disso, tem a possibilidade de que essas passagens bíblicas sejam no sentido espiritual e não literal. Podemos citar como exemplo disso uma publicação das próprias testemunhas de Jeová: “Restabelecimento”, no capítulo 16 p. 245 par. 24 a 26. Nesses parágrafos citam Isaías 55:12,13 onde fala que a “natureza” faria algo, por exemplo: “os morros e os montes ficarão animados” e “as árvores do campo baterão palmas”. Logo, as Testemunhas de Jeová associam essas passagens a 1919, algo que vivenciaram como perseguição e depois uma grande liberdade espiritual da cristandade. Afinal, essas passagens têm cumprimento no passado, no futuro ou é espiritual?

  Algumas pessoas usam argumentos similares aos descritos acima para mostrar que, por exemplo, a “Terra” que as Testemunhas de Jeová falam no Salmo 37:29 não é o paraíso, e sim, uma terra prometida (passado), promessa feita aos israelitas, ou então que a paz que é descrita em Isaías 2:4, onde diz “Nação não levantará espada contra nação, nem aprenderão mais a guerra”, não pode ser utilizado como indicação de que os verdadeiros cristãos não participam em guerras, – uma vez que a cristandade está envolvida nisso, ela não faria parte dessa profecia – pois tal cumprimento se daria de modo espiritual ou mesmo na “nova terra” (futuro). Estes e outros textos são exemplos de que muitas pessoas, especialmente as religiosas, usam textos bíblicos de profecias empregando-os tanto no passado, no futuro e também de modo espiritual. No entanto, acusam as Testemunhas de Jeová de usarem textos bíblicos fora do contexto para apoiarem suas crenças. Mas deixemos que a Bíblia fale por si só, analisemos alguns exemplos.
       A parte da profecia de Isaías, registrada no capítulo 35, descreve a transformação de regiões desérticas em parques ajardinados e campos frutíferos. Os cegos ganham visão, os mudos conseguem falar e os surdos ouvir. Nesse prometido Paraíso não há pesar nem lamento, o que dá a entender que nem mesmo a morte existirá. Como devemos entender essas palavras? Será que dão esperança para nós hoje?
 Isaías 35:1, 2 diz:

“O deserto e a terra árida se alegrarão, planície desértica exultará e produzirá flores assim como o açafrão, ela sem falta produzirá flores, exultará e gritará de alegria, a glória do Líbano lhe será dada, também o esplendor do Carmelo e de Sarom, as pessoas verão a glória de Jeová, o esplendor do nosso Deus.”

Nos tempos bíblicos, o Líbano, o Carmelo e Sarom eram famosos pela sua verdejante beleza. (1 Crônicas 5:16; 27:29; 2 Crônicas 26:10; Cântico de Salomão 2:1; 4:15; Oséias 14:5-7) Isaías aproveitou esses exemplos para descrever como seria aquela terra transformada com a ajuda de Deus. Mas será que isso se daria apenas de modo literal? Não.
Isaías 35:2 diz que aquela terra ‘exultaria e gritaria de alegria’. Sabemos que o solo e as plantas não estavam literalmente ‘exultando e gritando com alegria’. Mas a sua transformação, de se tornarem férteis e produtivos, podia fazer com que as pessoas se sentissem assim. (Levítico 23:37-40; Deuteronômio 16:15; Salmo 126:5, 6; Isaías 16:10; Jeremias 25:30; 48:33) As mudanças literais naquela terra corresponderiam às mudanças nas pessoas, porque estas são enfocadas por essa profecia. Por isso, temos motivos de entender as palavras de Isaías como enfocando primariamente as mudanças nos judeus que retornaram, em especial a sua alegria.
Isa. 35 versículos 3 e 4 diz:

 “Fortaleçam as mãos fracas, e firmem os joelhos que estão tremendo. Digam aos de coração ansioso: ‘Sejam fortes. Não tenham medo. Vejam! Seu Deus virá com vingança, Deus virá com retribuição. Ele virá e os salvará.’”

 O profeta hebreu, Isaías, escreveu-a por volta de 732 AEC. Isto foi décadas antes de os exércitos babilônicos destruírem Jerusalém. Conforme indica Isaías 34:1, 2, Deus predissera que iria vingar-se das nações, tais como Edom, mencionado em Isaías 34:6. Evidentemente, ele usou os antigos babilônios para isso. De modo similar, Deus fez com que os babilônios desolassem Judá, porque os judeus eram infiéis. Com que resultado? O povo de Deus foi levado cativo e sua pátria ficou desolada por 70 anos. — 2 Crônicas 36:15-21. A profecia no capítulo 35 de Isaías teve seu primeiro cumprimento quando os judeus retornaram à sua pátria em 537 AEC.
  A situação certamente não parecia nada promissora para os judeus mesmo quando souberam que poderiam retornar à sua pátria. A terra deles tinha ficado desolada por sete décadas, por toda uma vida. O que tinha acontecido àquela terra? Todo campo cultivado, os vinhedos e os pomares, devem ter ficado um matagal. Os jardins ou terrenos irrigados devem ter-se tornado terra agreste ou desértica. (Isaías 24:1, 4; 33:9; Ezequiel 6:14) Imagine também quantos animais selváticos haveria ali. Estes incluiriam carnívoros tais como leões e leopardos. (1 Reis 13:24-28; 2 Reis 17:25, 26; Cântico de Salomão 4:8) Tampouco poderiam desperceber os ursos, que podiam abater homem, mulher e criança. (1 Samuel 17:34-37; 2 Reis 2:24; Provérbios 17:12) E nem precisamos mencionar as víboras e outras serpentes venenosas, nem os escorpiões. (Gênesis 49:17; Deuteronômio 32:33; Jó 20:16; Salmo 58:4; 140:3; Lucas 10:19)
  No entanto, a profecia de Isaías predizia que essa terra não ficaria desolada para sempre. Ela voltaria a ser um verdadeiro paraíso. Receberia a “glória do Líbano” e “o esplendor do Carmelo e de Sarom”. Como? Ao retornarem do exílio, os judeus puderam novamente cultivar e irrigar seus campos, e a terra voltou a ser frutífera como antes. O mérito disso cabia apenas a Jeová. Foi por sua vontade e com seu apoio e bênção que os judeus puderam usufruir tais condições paradisíacas. As pessoas podiam ver “a glória de Jeová, o esplendor de [seu] Deus”, ao reconhecerem a mão de Jeová na impressionante transformação de sua terra.
 Contudo, a restauração da terra de Israel cumpriu um aspecto ainda mais importante das palavras de Isaías. Em sentido espiritual, Israel estivera por muitos anos num estado ressequido, desértico. Enquanto os exilados estavam em Babilônia, a adoração pura havia ficado severamente restrita. Não havia templo, altar, nem sacerdócio organizado. Os sacrifícios diários haviam sido suspensos. Mas Isaías profetizava que a situação seria revertida. Liderados por homens como Zorobabel, Esdras e Neemias, representantes das 12 tribos de Israel retornariam a Jerusalém, reconstruiriam o templo e adorariam a Jeová livremente. (Esdras 2:1, 2) Isso seria um verdadeiro paraíso espiritual!
  É óbvio que o cumprimento do capítulo 35 de Isaías, no sexto século AEC, foi limitado. As condições paradisíacas usufruídas pelos judeus repatriados não foram permanentes. Com o tempo, a adoração pura foi contaminada por ensinos religiosos falsos e pelo nacionalismo. Em sentido espiritual, os judeus passaram novamente a sentir pesar e a suspirar. Com o tempo, Jeová os rejeitou como seu povo. (Mateus 21:43) Por reincidirem na desobediência, sua alegria não foi permanente. Tudo isso indica que o capítulo 35 de Isaías teria um cumprimento maior no futuro.

 Que dizer do capítulo 35 da profecia de Isaías, com sua ênfase na alegria? Isto também se cumpriu em nosso tempo. De que forma? Cumpriu-se no restabelecimento do Israel espiritual saindo dum tipo de cativeiro. Examinemos os fatos do que realmente é recente história teocrática, ocorridos no tempo de muitos dos que ainda vivem.
Durante um período relativamente curto, na época da Primeira Guerra Mundial, os do restante do Israel espiritual não se mantiveram inteiramente puros e enquadrados na vontade de Deus. Alguns deles estavam manchados com erros doutrinais e transigiram por não adotarem uma posição clara a favor de Jeová quando sofreram pressões para apoiar as nações em guerra. Durante aqueles anos de guerra, sofreram todos os tipos de perseguição, em muitos lugares proscrevendo-se até mesmo suas publicações bíblicas. Por fim, alguns dos irmãos de mais destaque foram condenados e encarcerados sob acusações falsas. Em retrospecto, não é difícil ver que os do povo de Deus, em certo sentido, em vez de estarem livres, estavam numa condição cativa. (Note João 8:31, 32.) Tinham uma grave falta de visão espiritual. (Efésios 1:16-18) Ficaram relativamente calados quanto a louvar a Deus, o que resultou em serem espiritualmente infrutíferos. (Isaías 32:3, 4; Romanos 14:11; Filipenses 2:11) Nota como isso é paralelo à situação dos judeus antigos em cativeiro na Babilônia?
Mas, deixaria Deus seus servos hodiernos continuar nesta situação? Não; ele estava decidido a restabelecê-los, em harmonia com o que se predisse por meio de Isaías. De modo que esta mesmíssima profecia, no capítulo 35, tem um nítido cumprimento no nosso tempo, com o restabelecimento da prosperidade e saúde do restante do Israel espiritual num paraíso espiritual. Em Hebreus 12:12, Paulo aplicou Isaías 35:3 em sentido figurado, confirmando a validade de fazermos uma aplicação espiritual desta parte da profecia de Isaías.
No mundo do após-guerra, os ungidos remanescentes do Israel espiritual como que saíram do cativeiro. Jeová Deus usou a Jesus Cristo, o Ciro Maior, para libertá-los. Portanto, os do restante puderam fazer uma obra de reconstrução, comparável à obra do restante dos judeus antigos, que voltaram à sua terra para reconstruir o templo literal em Jerusalém. Além disso, esses israelitas espirituais, nos tempos modernos, puderam passar a cultivar e a produzir um verdejante paraíso espiritual, um figurativo jardim do Éden.
(Restabelicimento p.14 pars 5-8)
                     
          Contudo, esta e outras profecias de restauração incluem aspectos que terão também um cumprimento físico na terra paradísica. Há aspectos, por exemplo, em Isaías 35:1-7, como a cura dos cegos, dos surdos e dos coxos, que não tiveram cumprimento literal na restauração com relação à saída da antiga Babilônia; tampouco se cumprem literalmente hoje no paraíso espiritual restaurado.
        É de interesse que escritores inspirados das Escrituras Gregas Cristãs aplicaram aspectos dessas profecias de restauração a “nova terra”, embora seu principal cumprimento hoje seja no paraíso espiritual. Por exemplo, o profeta Isaías falou de futuras bênçãos nos “novos céus e uma nova terra”. (Isaías 65:17-25) Mais tarde, o apóstolo Pedro descreveu a vinda do dia de Jeová, no qual os atuais “céus” e “terra” serão dissolvidos, e acrescentou: “Mas há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a promessa dele, e nesses morará a justiça.” (2 Pedro 3:10-13) Assim, Pedro indicou que os aspectos na profecia de Isaías se tornarão realidade na “nova terra”. Verdadeira felicidade, vida longa, lares seguros, alimento abundante, trabalho satisfatório, paz entre homens e animais — todas essas bênçãos estão garantidas ‘segundo a promessa de Deus’.
            Ademais, ao falar do ‘banquete para todos os povos’, Isaías 25:6-8 inclui a declaração: “E o Soberano Senhor Jeová enxugará as lágrimas de todo rosto”. Embora o cumprimento principal seja no paraíso espiritual (do qual a “grande multidão” participa), o apóstolo João mostra que este aspecto da profecia de Isaías tem também um definido cumprimento com relação à humanidade na “nova terra”. (Apocalipse 7:9, 16, 17; 21:1-4) Daí, será recriado um Paraíso global segundo o padrão do Paraíso do Éden. — Gênesis 2:8; Mateus 19:28.

domingo, 18 de outubro de 2015

Torre de Vigia

Torre de Vigia

 
Num grande esforço de demonizar as Testemunhas de Jeová, alguns de seus ex-associados levantam muitas acusações contra as próprias Testemunhas de Jeová. Muitas de tais acusações são meias-verdades, falsidades descaradas, distorções ou fatos distorcidos de seu contexto histórico e bíblico.
 A tentativa de encontrar supostos símbolos nas publicações das Testemunhas de Jeová, tanto nas antigas, como nas atuais, não é nova. Os opositores já fizeram várias acusações, por exemplo, no livro Millennial Dawn (Aurora do Milênio) acusaram de haver um símbolo egípcio pagão chamado globo alado. Isso ligaria supostamente as Testemunhas de Jeová ou Charles Taze Russell, fundador da Sociedade Torre de Vigia, a maçonaria. Outro exemplo é a cruz coroada que aparecia na capa da Zion’s Watch Tower, supostamente ser de origem maçônica. E as acusações são muitas nesse sentido, procuraram símbolos ou figuras ocultas nas publicações das Testemunhas de Jeová a fim de liga-las a ocultismo ou espiritismo. Não é de admirar que acusações desse tipo tenham sido até mesmo conhecidas aos membros do corpo governante. Vejamos:

*** g89 8/2 p. 15 Deve espalhar um boato? ***
 Até mesmo as publicações da Sociedade Torre de Vigia (EUA) têm sido objeto de boatos — por exemplo, que um dos ilustradores estivera introduzindo secretamente gravuras de demônios nas ilustrações, que ele foi posteriormente descoberto e desassociado!
Participou em espalhar qualquer dessas histórias? Caso sim, você esteve — talvez sem o saber — divulgando uma inverdade, visto que todas elas eram falsas. Por certo, o boato a respeito das publicações da Sociedade era prejudicial, bem como caluniava os zelosos cristãos que trabalham longas horas na produção das ilustrações que tornam as revistas, as brochuras e os livros tão atraentes. Isto era tão ridículo como seria dizer que Deus, ao criar os corpos celestes, fez deliberadamente aparecer o aspecto de ‘um homem na lua’.

Vimos aqui que os membros do corpo governante estão cientes dessas acusações, mas algo que também tem sido objeto de critica dos opositores é o símbolo principal das Testemunhas de Jeová, sua marca registrada nas publicações, a torre. Os opositores dizem que a torre de vigia é um símbolo próprio da franco maçonaria, também chamado de torre de pedra redonda. Mas mesmo que isso fosse verdade, que a torre de vigia é um símbolo franco-maçom, a questão é: por que motivo as Testemunhas de Jeová usam a torre como símbolo das suas publicações? É a torre de vigia um símbolo bíblico?
Primeiro, vejamos o motivo das Testemunhas de Jeová usaram a torre como símbolo nas publicações. Voltemos ao passado, Charles Taze Russell queria tornar ampla a distribuição de bíblias, tratados, livros e outros compêndios, por isso, por livre e espontânea vontade, criou uma sociedade sem fins lucrativos, registrada segundo as leis do estado de Pensilvânia. Mas qual seria o nome dessa entidade jurídica? Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, legalmente estatuída em 1884. Mesmo antes de se tornar uma sociedade jurídica legal, o seu nome era Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, hoje em dia o nome dessa entidade jurídica é Sociedade Torre de Vigia de Pensilvânia. Sobre a Torre, vejamos o que diz certa referência:

A expressão “Watch Tower” (“Torre de Vigia”) não é exclusividade dos escritos de Russell nem das Testemunhas de Jeová. George Storrs publicou um livro na década de 1850 intitulado The Watch Tower: Or, Man in Death; and the Hope for a Future Life (A Torre de Vigia: Ou, o Homem na Morte; e a Esperança de Uma Vida Futura). Esse nome foi também incorporado no título de vários periódicos religiosos. Origina-se da idéia de manter-se vigilante sobre o desenrolar dos propósitos de Deus. — Isa. 21:8, 11, 12; Eze. 3:17; Hab. 2:1. É a principal entidade jurídica usada pelas Testemunhas de Jeová, e tem a função de disseminar a distribuição de bíblias, tratados, e outras publicações no mundo inteiro.  
                                                                                                              Proclamadores, cap 5. p. 48

A "Torre de Vigia" é a principal entidade jurídica usada pelas Testemunhas de Jeová, e tem a função de disseminar a distribuição de bíblias, tratados, e outras publicações no mundo inteiro.  Admite-se, no entanto, que aja outras sociedades jurídicas no mundo inteiro, porém, a Sociedade Torre de Vigia de Pensilvânia é a principal e a mais antiga de todas as sociedade jurídicas.  
Mas, por que Russell escolheu como nome, Sociedade Torre de Vigia, e também como símbolo principal das publicações dos estudantes da bíblia ou Testemunhas de Jeová? Um dos motivos da escolha é que tal símbolo é bíblico!

Vigia de Sião Tower & The Watchtower
           
A torre de vigia era um local de vigilância ou posto de observação, não raro construído nas muralhas duma cidade. Construíam-se outras torres de vigia em áreas desérticas ou em zonas fronteiriças. Destinavam-se principalmente a fins militares e serviam para proteger uma cidade ou uma fronteira; eram construídas também como lugares de refúgio para pastores e lavradores em áreas isoladas e permitiam que o vigia alertasse contra saqueadores, de modo que os rebanhos e as plantações maturescentes da região pudessem ser protegidos. — 2Cr 20:24; Is 21:8; 32:14.
 Várias cidades chamavam-se Mispé (hebr.: mits·péh, “Torre de Vigia”), provavelmente por estarem situadas em grandes elevações ou por causa de torres notáveis erguidas ali. Às vezes a Bíblia diferençava tais cidades, mencionando sua localização por nome, tal como “Mispé de Gileade” (Jz 11:29) e “Mispé, em Moabe”. — 1Sa 22:3.
Jacó ergueu um monte de pedras e chamou-o de “Galeede” (que significa “Montão de Testemunho”) e “A Torre de Vigia”. Labão disse então: “Vigie Jeová entre mim e ti quando estivermos sem nos ver um ao outro.” (Gên 31:45-49) Esse monte de pedras atestaria que Jeová estava observando, a fim de assegurar-se de que Jacó e Labão cumprissem seu pacto de paz.
it-3 p. 790 Vigia, Torre de

Russell sabendo que a bíblia falava a respeito desse assunto, ao colocar uma torre de vigia, pensou em colocar ela como símbolo de vigilância espiritual.  (Mateus 24:42). Seria um símbolo que lembraria os Estudantes da Bíblia a se manterem firmes e vigilantes, pois a volta do seu senhor se mostrara próxima.
Isso é confirmado pelo fato que quando o símbolo da torre apareceu nas publicações, em 1884, os estudantes esperavam a vinda de cristo para o ano de 1914, a torre era um lembrete para eles se manterem firmes e vigilantes, como já dito.  
            A torre também foi colocada como símbolo principal em nossas publicações pelo fato simples de que o nome da sociedade jurídica principal das Testemunhas de Jeová ser “Sociedade TORRE DE VIGIA de Pensilvânia”. Não é lógico isso? Seria estranho colocar outro símbolo como marca registrada das publicações, sendo que o nome da entidade jurídica é Torre de Vigia.

Alguns talvez então pensem: de qualquer forma, esse símbolo tem origem negativa, pois inculcava nos Estudantes da Bíblia um conceito errado, vigilância sobre um fim que não veio em 1914. No entanto, não devemos manter sempre o sentido, despertos, em constante vigilância? Hoje em dia esse símbolo é uma representação de que nós como cristãos devemos manter-nos constantes, inabaláveis e em constante vigilância, pois a vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus, esta próxima. Não é um símbolo que lembra o paganismo, nem tampouco é realmente de origem pagã, é um símbolo bíblico usado no passado como sendo local de estrita vigilância de uma cidade contra soldados inimigos, por isso, que o leitor, por favor, use de discernimento. 
Lucas Natan Kruger Nicolau
Mytestemunha

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Cancioneiro das Testemunhas de Jeová

Perguntas respondidas:


No JW.org em inglês e espanhol há um vídeo que fala sobre os 100 Anos do Reino de Deus. No início do vídeo há uma música da Harpa Cristã (hinário utilizado pelas igrejas protestantes). Esse hino já foi um cântico das Testemunhas de Jeová ou os cristãos usavam a Harpa?

O vídeo ao que o leitor se refere podemos encontrar aqui: http://www.jw.org/pt/publicacoes/videos/cem-anos-reino/
No vídeo descrito, Russel aparece enquanto é cantada uma música. Mas o que a história mostra em relação às músicas que as Testemunhas de Jeová utilizam para a adoração?
Ao longo dos anos as testemunhas de Jeová muito têm feito para restaurar a música ao seu devido lugar, vejamos tais etapas:

1879, Songs of the Bride (Cânticos da Noiva): w86 15/10 23
1890, Poems and Hymns of (Millennial) Dawn (Poemas e Hinos da Aurora [do Milênio]):
1896, Hymns of the Morning (Zion’s Glad Songs of the Morning) (Hinos da Manhã [Alegres Cânticos Matutinos de Sião]) (publicado como w1896-E 1/2): w86 15/10 23
1900, Zion’s Glad Songs for All Christian Gatherings (Alegres Cânticos de Sião Para Todas as Reuniões Cristãs):
1906, Hymns of Millennial Dawn (Hymns of the Millennial Dawn—With Music) (Hinos da Aurora do Milênio [Hinos da Aurora do Milênio — com Música]) (copyright 1905): w87 1/12 26; w66 697
1909, Hymns of the Millennial Dawn (Hinos da Aurora do Milênio) (edição de bolso, sem música):
1926, Kingdom Hymns (Hinos do Reino) (para crianças) (copyright 1925): w73 93
1928, Song Book (Songs of Praise to Jehovah) (Cancioneiro [Cânticos de Louvor a Jeová]): w87 1/12 26; w66 697
Song Book (Songs of Praise to Jehovah) (Cancioneiro [Cânticos de Louvor a Jeová]) (edição de bolso, sem música):
1944, Kingdom Service Song Book (Cancioneiro do Serviço do Reino): w87 1/12 26; w66 697
1950, Cânticos em Louvor a Jeová (ingl.; português 1954): w66 697
1966, “Cantando e Acompanhando-vos com Música nos Vossos Corações” (ingl.; português 1969): w87 1/12 26; g70 8/2 16; g67 22/5 21, 23; g67 22/6 31; w66 697-701
1984, Cantemos Louvores a Jeová (ingl.; português 1985): w87 1/12 26-7; w86 15/10 23-4; w84 1/7 2.
2009, Cantemos a Jeová.

É sabido que as testemunhas de Jeová têm feito refinamentos em seus entendimentos e isso se dá também com respeito aos seus cânticos. Algumas coisas que os Estudantes da Bíblia ─ assim como eram conhecidas as Testemunhas de Jeová ─ faziam eram resquícios de anteriores crenças da cristandade. Vejamos algo interessante que a organização comenta:

Por muitos anos, as Testemunhas de Jeová usaram músicas escritas por outros na adoração. Mas, quando era necessário, elas adaptavam a letra de acordo com seu entendimento das Escrituras.

Por exemplo, uma das canções tocadas no “Fotodrama” chamava-se “Our King Is Marching On” (Nosso Rei Está Marchando), uma adaptação da música “Battle Hymn of the Republic” (Hino da Batalha da República). O primeiro verso do “Battle Hymn” diz: “Meus olhos já viram a glória da vinda do Senhor”. Mas os Estudantes da Bíblia mudaram a letra para: “Meus olhos podem ver a glória da presença do Senhor.” Essa mudança refletia sua crença de que o governo de Jesus Cristo envolve não apenas a sua vinda, mas também a sua presença durante um período específico de tempo. — Mateus 24:3.

Com a publicação de “Cantando e Acompanhando-vos com Música nos Vossos Corações” em 1966 (em português, 1969), foi feito um esforço para eliminar músicas que se originavam de fontes seculares ou de outras religiões. Naquele ano, as Testemunhas de Jeová organizaram uma pequena orquestra e gravaram as 119 músicas do cancioneiro. As congregações usavam essas gravações para cantar durante as reuniões, e algumas Testemunhas de Jeová gostavam de ouvi-las em casa.
http://www.jw.org/pt/testemunhas-de-jeova/atividades/publicacoes/musicas-de-louvor-e-adoracao/

A melodia e a interpretação da música que aparece no início do vídeo relatado no início do artigo se referem a essa canção “Battle Hymn of the Republic”, que aqui no Brasil alguns interpretaram e intitularam com nome de “Vencendo vem Jesus". A música “O Hino da Batalha da República", também conhecida como "os meus olhos viram a glória" é uma canção produzida pela escritora americana Julia Ward Howe usando a música da canção "Corpo de John Brown". As letras de Howe mais famosas foram escritas em novembro de 1861 e publicado pela primeira vez em The Atlantic Monthly, em Fevereiro de 1862. A música falava do julgamento dos ímpios, no fim dos tempos, com a Guerra Civil Americana. Desde então, tornou-se uma canção patriótica americana extremamente popular e bem conhecida. Foi interpretada por diversas pessoas. Vejamos o que diz certa referência:

Essa obra foi interpretada por diversos cantores e bandas. A banda norte-americana Stryper gravou a canção em seus álbuns, Soldiers Under Command, e esta se tornou uma das músicas mais recorrentes em seus concertos. Semelhantemente a banda brasileira Oficina G3 a gravou em um álbum, Indiferença, além de ter gravado uma versão instrumental com um solo de guitarra inspirado na canção norte-americana. Além desses, também a gravaram Judy Garland, Eef Barlezay, Coro do Tabernáculo Mórmon e vários outros artistas. Ela também serviu como base para An American Trilogy, (adaptada por Mickey Newbury e interpretada por Elvis Presley), In the name of God (Dream Theater), These Things Take Time (The Smiths) e muitas outras canções.

No Brasil a canção se tornou bastante divulgada através dos hinários evangélicos, como por exemplo no Cantor Cristão, nº 112, no Hinário Adventista, nº 152 e na Harpa Cristã, nº 525, onde está intitulada Vencendo Vem Jesus. Em 1998, Nelson Ned regravou a canção no álbum intitulado "O Poder da Fé"1 . No hinário da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o hino é intitulado "Já Refulge a Glória Eterna".
https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Battle_Hymn_of_the_Republic

Até Elvis Presley interpretou a canção, poderá ver através desse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=vISPgbosZUw

Hoje as Testemunhas de Jeová utilizam um cancioneiro produzido por elas próprias, para que possam ajuda-las a expressar os sentimentos que elas têm pelo Seu Criador. (Salmo 149:1, 3) Jeová é o originador da música e do canto, Aquele que, acima de todos os outros, merece ser louvado por meio de cânticos.

“Louvem a Jah! Que todo o meu ser louve a Jeová. Vou louvar a Jeová por toda a minha vida. Vou cantar louvores ao meu Deus enquanto eu existir.” (Salmos 46:1-2)


Por que as Testemunhas de Jeová não ouvem músicas gospel?

Muitos se perguntam o porquê as Testemunhas de Jeová não escutam músicas gospel. Para sabermos a respeito é apropriado entendermos o valor da música espiritual. A primeira referência da Bíblia à música ocorre antes do Dilúvio, na sétima geração depois de Adão: “[Jubal] mostrou ser o fundador de todos os que manejam a harpa e o pífaro.” Isto talvez descreva a invenção dos primeiros instrumentos musicais ou talvez até mesmo o estabelecimento de uma espécie de profissão musical. — Gên 4:21. No entanto, a música fazia parte da adoração de Jeová já antes da criação do homem. Várias traduções da Bíblia falam de anjos cantando. Jó 38:7, por exemplo, fala de os anjos “gritarem de alegria” e darem “gritos de louvor”’. Vê-se que há motivos bíblicos para crer que se usava o canto na adoração de Jeová bem antes de o homem surgir.

O coração de Moisés e de seus companheiros israelitas se comoveram ao entoarem o cântico de vitória que relatava o que Jeová havia feito a Faraó e suas hostes. — Êxodo 15:1-21. Em 1 Crônicas 16:4-36 vemos a história da arca do pacto que seria colocada em uma tenda sobre a direção do Rei Davi. Além do canto para alegrar a ocasião havia um acompanhamento orquestral. A música continuou fazendo parte da religião entre os primeiros cristãos. Além de disporem dos Salmos inspirados, pelo visto eles compunham músicas e letras para a adoração, o que estabeleceu o precedente para a composição de cânticos cristãos na atualidade. (Efésios 5:19) Jesus e seus apóstolos cantaram juntos depois da refeição noturna, pouco antes da morte de Jesus. (Marcos 14:26) Na prisão, Paulo e Silas cantaram alto, para que todos pudessem ouvir. (Atos 16:25) 

Ao entoar um cântico, quem o faz está como que fazendo uma oração ao próprio Deus, logo, a crença de uma pessoa que escreveu uma canção espiritual deve condizer com as crenças daqueles que passam a ouvi-la e cantá-la. Imaginemos, talvez, uma música religiosa hindu, religião que adora vários deuses, ou mesmo, da religião mulçumana que diz que adora apenas a um deus. Seria apropriado um cristão cantar tais cânticos? No primeiro exemplo entendemos que a tal música, que faz parte da adoração, foi produzida para dar honra a um ou vários deuses, não ao verdadeiro Deus. Mesmo que a letra da música não especificasse o nome de um deus, não seria correto nos apropriarmos de uma canção que foi destinada a um deus qualquer para cantarmos como sendo referida ao Deus verdadeiro, Jeová. No segundo caso, o fato de os mulçumanos expressarem que acreditam em um único deus verdadeiro que criou tudo o que existe não os tornam diferentes do primeiro caso, pois os mesmos nem acreditam que outros que não sejam de sua própria religião estão tendo uma forma de adoração aceitável para Deus. Vem a pergunta: como um cristão cantaria um cântico produzido por alguém que nem acredita no sacrifício resgatador de Jesus Cristo como meio para livramento do pecado e da morte? Não, ele não cantaria.

Mas que dizer das músicas evangélicas, a chamada "música gospel"? Por que as Testemunhas de Jeová não escutam, não usam os evangélicos a Bíblia e se dizem cristãos? Não é preciso especificar muitos assuntos para sabermos que as Testemunhas de Jeová são um grupo distinto da cristandade, apenas como um exemplo, podemos citar a doutrina da trindade, uma crença pagã que a cristandade adota e que não é ensinada pela Bíblia. Este ensinamento, de imediato, coloca uma enorme barreira entre a religião verdadeira e a falsa, pois tal entendimento bíblico não é apenas algum detalhe que poderia ser levado como apenas um pequeno erro de entendimento por parte de alguns, mas é algo de suma importância e é um assunto primordial para a adoração de um cristão. Como o único Deus verdadeiro se sentiria ao ver pessoas prestando adoração ao seu filho Jesus e ainda uma terceira pessoa como que sendo outro deus? A própria Bíblia adverte para os cristãos se manterem separados das confusões religiosas e de sua forma de adoração. Não iremos cantar (adorar) músicas espirituais dirigidas a um deus trino. O livro de 2 Coríntios 11: 2 nos diz: Pois tenho ciúme de vocês, um ciúme semelhante ao de Deus, porque eu pessoalmente os prometi em casamento a um só marido, ao Cristo, a fim de apresentá-los como virgem casta a ele. No Israel antigo, o sumo sacerdote só poderia tomar por esposa apenas uma virgem. Sabemos que o sumo sacerdote de Jeová é Jesus Cristo, harmoniza-se com a regra existente em Israel que ele tomasse apenas uma virgem por Noiva celestial. O cântico que as Testemunhas de Jeová cantam são o cântico da verdade:

“Então vi o Cordeiro em pé no monte Sião, e com ele 144.000, que têm o nome dele e o nome do seu Pai escritos na testa.   Ouvi um som vindo do céu, como o som de muitas águas e como o som de um forte trovão; o som que ouvi era como de cantores tocando as suas harpas ao cantar.   Estavam cantando o que parecia ser um novo cântico, diante do trono e diante das quatro criaturas viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender esse cântico, exceto os 144.000 que foram comprados da terra.   Esses são os que não se contaminaram com mulheres; de fato, são virgens. Esses são os que estão seguindo o Cordeiro para onde quer que ele vá. Foram comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro,   e não se achou engano na sua boca; eles não têm defeito.”(Apocalipse 14: 1-5)

Por isso se exige dos 144.000 que ‘não se poluam com mulheres’, mas que se mantenham “virgens”. Fazem isso por não se macularem com este mundo mediante um casamento religioso com organizações religiosas semelhantes a mulheres, deste mundo. Não devem ser iguais às virgens da antiga Babilônia, as quais, antes de se poderem casar legalmente, tinham de ir ao templo de Vênus (Istar) e prostituir-se diante dela por se entregarem a uma violação paga de sua virgindade por aquele que pagava mais. Não podem ser “meretrizes” produzidas por Babilônia. (Tia. 1:27; 4:4) Senão, o Noivo celestial nunca os incluiria na sua Noiva.
Apesar de o texto de Apocalipse se referir aos cristãos que irão governar com Jesus nos céus, outros da grande multidão seguem o exemplo e não se contaminam. (Apocalipse 7: 9, 14) 

Os cânticos das Testemunhas de Jeová são diferentes dos da cristandade, pois não são produzidos visando o lucro nem dão créditos a indivíduos, mas são feitos para transmitir as verdades bíblicas e para fazer parte da adoração dos cristãos que adoram apenas ao único Deus verdadeiro, Jeová. Portanto, que outros possam se juntar a estes “cantores” para que sua vida seja uma eterna melodia repleta de bênçãos.

Cantem a Jeová um novo cântico. Cante a Jeová, toda a terra! (Salmos 96:1)

                                                   

sexta-feira, 12 de junho de 2015

My Testemunhas de Jeová.

Agradecemos a todos que visitam o blog e a página na internet no google +. A página do blog é acessada por muitos países e esperamos que o blog venha a ajudar pessoas que buscam pela verdade. Tivemos uma parada nas postagens devido a análises e pesquisas sobre temas muito importantes, por exemplo, o artigo "Estudos das Escrituras", aqui postado, -http://mytestemunhasdejeova.blogspot.com.br/2015/02/estudos-das-escrituras.html -  tivemos que ter acesso aos sete volumes da coleção para que pudéssemos publica-lo. Contudo, muito em breve iremos ter novos artigos, alguns jamais defendidos em sites aqui no Brasil. 

sábado, 18 de abril de 2015

TV JW.ORG

TV JW.ORG

Segundo alguns irmãos, ouve um anúncio em alguns países como a Finlândia e a Suécia sobre a TV JW.ORG. Segundo tais fontes, a "TV das Testemunhas de Jeová" será transmitida em mais de 30 línguas, além do inglês, a partir de maio de 2015. O acesso será através do JW BROADCASTING. 

domingo, 22 de março de 2015

Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada

Lançamento da Tradução do Novo Mundo - Revisada

Na Reunião Especial do dia 22 de março, é lançada a nova tradução da Bíblia, utilizada pelas Testemunhas de Jeová. Na ocasião pudemos ver o coral cantando alguns cânticos, inclusive um cântico inédito. Segue abaixo algumas imagens.















terça-feira, 10 de março de 2015

Congresso 2015 - Testemunhas de Jeová

Estamos na expectativa sobre a série de congressos que acontecerá no ano de 2015. Alguns detalhes do evento poderão ser detalhados aqui no blog, incluindo os lançamentos.

Notícias vindas de Brooklyn, Nova Iorque

Notícias vindas de Brooklyn, Nova Iorque

Na adoração matutina da manhã de domingo (dia 08) foi anunciado que o corpo governante havia aprovado a compra de um enorme edifício para ser o novo centro de produção audiovisual. Monte Ebo Corporate é um edifício de 94 mil metros quadrados, a 10 minutos de Patterson. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pedofilia - Testemunhas de Jeová

Qual a política de combate à pedofilia que as Testemunhas de Jeová usam?

O que você pensaria de alguém que hoje, fazendo parte de uma religião cristã, cometesse assassinato e adultério? Será que essa poderia se arrepender, Deus o perdoaria? Que dizer se alguém fizesse altares a deuses falsos, prestasse adoração ao “exército dos céus”, queimasse os seus filhos no fogo e ainda promovesse práticas espíritas, ainda haveria perdão para uma pessoa assim? Realmente tais práticas são absurdas, mais essas coisas aconteceram e são descritas na Bíblia. O primeiro exemplo diz respeito ao caso de um conhecido personagem bíblico, Davi. (2 Sam. 11:1-4; 2 Sam. 11:12-17) O segundo exemplo tratasse do caso de Manassés. (2 Crô. 33:1-6) Em ambos os casos, Jeová Deus concedeu-os misericórdia e mesmo tendo que pagar um preço por tais ações, esses homens foram perdoados por Deus. (Sal 32:5; Sal. 51:17; 2 Crô. 33:12, 13) Para que Deus os perdoasse, foi necessário que esses homens se arrependessem e não mais praticassem os erros cometidos. Poucos dos atuais servos de Deus precisarão algum dia pedir perdão por pecados tão graves como os de Davi e de Manassés. Mas o fato de que Jeová perdoou esses dois reis nos ajuda a ver que o nosso Deus está disposto a perdoar até mesmo pecados crassos, se o pecador se arrepender genuinamente. Mas, o que alguém que cometeu um pecado grave deve fazer para ser restabelecido espiritualmente? Independente do quão grave foi o pecado, a pessoa que o cometeu prejudicou sua relação com seu próximo e com Deus. Por isso, ela talvez se sinta perturbada e ansiosa. Isso acontece por causa da faculdade da consciência, que nosso Criador nos deu. (Romanos 2:14, 15) O que pode ser feito? O livro de Tiago diz: “Há alguém [espiritualmente] doente entre vós? Chame a si os anciãos da congregação, e orem sobre ele, untando-o com óleo em nome de Jeová. E a oração de fé fará que o indisposto fique bom, e Jeová o levantará. Também, se ele tiver cometido pecados, ser-lhe-á isso perdoado.” — Tiago 5:14, 15. A palavra “ancião” refere-se aos homens mais maduros que têm a responsabilidade de cuidar das necessidades do rebanho. Isso se dá não apenas por ouvir uma confissão, mas é preciso fazer algo para que “o indisposto fique bom”, visto que se trata de uma doença espiritual. Nesse aspecto, surgem algumas perguntas: alguém que confessa um pecado a um desses anciãos, mediante a Bíblia, esse pecado deveria ser sabido por outros membros da congregação ou até outras pessoas, ou deveria ser mantido em sigilo? O que a Bíblia diz a respeito? Será que a Bíblia diz que outros deveriam ficar sabendo dos pecados, por exemplo: roubo, adultério, relações sexuais fora do casamento, homossexualismo, bebedeiras, uso de drogas, etc., que alguém cometeu? Vejamos o que relata A Sentinela:

“Em cada congregação das testemunhas de Jeová há ministros maduros designados a cuidar dos diversos deveres. (1 Tim. 3:2, 12) No desincumbimento dos seus deveres, eles muitas vezes são informados de assuntos confidenciais, e é essencial que respeitem esta confidência. Por exemplo, Tiago 5:13-16 mostra que o membro da congregação, que tiver um problema espiritual, tendo talvez até mesmo cometido um pecado, deve dirigir-se aos homens espiritualmente mais maduros em busca de ajuda. Isaías 32:2 representa profeticamente estes homens como lugares de consolo e proteção. Quão bom é quando se podem explicar os problemas a alguém e obter ajuda espiritual equilibrada, e ao mesmo tempo se pode ter plena confiança de que o assunto não se tornará do conhecimento geral da congregação ou da comunidade.
Estes ministros maduros não considerarão nem mesmo com a esposa e os amigos íntimos as coisas que assim ficam sabendo em confiança. Sabem que, se fizessem isso, minariam o respeito pela sua posição; tornaria os outros hesitantes quanto a recorrerem a eles; sim, com o tempo talvez até mesmo torne impossível que desempenhem seu papel como pastores espirituais. Outro motivo pelo qual guardam confidências é evitar sobrecarregar outros. Por exemplo, se o homem contasse à sua esposa alguns assuntos confidenciais relacionados com os seus deveres ministeriais, ela sofre pressão para mantê-los confidenciais. É isso justo para com o ‘vaso mais fraco’? (1 Ped. 3:7) Mesmo que ela num momento de fraqueza pergunte, por curiosidade, ao seu marido o que aconteceu ou por que ele falou com certa pessoa, o proceder amoroso e correto da parte dele é dizer-lhe que se trata dum assunto confidencial da congregação. Assim ela não terá de levar um desnecessário fardo mental. E se alguém lhe perguntar sobre o assunto, poderá dizer honestamente que nada sabe sobre os pormenores.
Todos na congregação devem cooperar com os servos designados por não tentarem saber os pormenores de tais assuntos confidenciais. Pode haver ocasiões em que o ministro presidente anuncia à congregação que seus representantes tiveram de expulsar um pecador impenitente ou que tiveram de aplicar forte disciplina a alguém por sua conduta não cristã. Os membros da congregação são informados para que possam evitar completamente tal pessoa ou ter cuidado na sua presença, conforme seja o caso. (1 Cor. 5:11-13; 2 Tes. 3:14, 15) Mas não devem procurar descobrir todos os pormenores. Estes são confidenciais e devem ser mantidos assim.
Quão gratos podemos ser de que Jeová proveu na sua Palavra o conselho perfeito sobre este assunto vital. Por exemplo, ele mandou registrar o provérbio: ‘Quem anda em volta como caluniador está revelando palestra confidencial, mas quem é fiel no espírito encobre o assunto.’ (Pro. 11:13) Ele bem sabia que era uma falha comum da natureza imperfeita dos homens falar sobre assuntos confidenciais que devem ser guardados como tais. Mas, por trazer isto à nossa atenção, ele ajuda a todos os que querem agradar a Ele a dirigir seus passos de modo a estimularem a paz, a amizade e a união.” (1/10/1971 pp. 606-7)

Entendendo o contexto bíblico, fica mais fácil perceber as mentiras que os opositores tentam passar para dar a impressão que as Testemunhas de Jeová acobertam os casos de pedofilia. As igrejas da cristandade estão repletas de casos assim, o que temos de analisar é como as religiões tratam desses casos. É importante lembrarmos que as Testemunhas de Jeová já somam cerca de 8 milhões de membros no mundo inteiro. Consequentemente, surgem casos de abusos de menores por determinados membros, porém se comparado com as igrejas protestantes ou mesmo a igreja católica, perceberemos uma grande diferença, não só na quantidade de abusos, mas na maneira como é tratado o assunto.

Recentemente a igreja católica tem sido muito exposta na sua forma como lida com casos de pedofilia. Por exemplo, no ano de 2006 foi exposto em um relatório da igreja americana, a comprovação que em todo o país cerca de 4 mil padres foram acusados de abusos sexuais contra 10 mil jovens, na maioria meninos. No documento secreto interno da igreja, que instrui bispos como lidar com acusações de abusos sexuais cometidos por padres em suas paróquias.

O texto impõe um juramento, em que a vítima, o acusado e eventuais testemunhas se comprometem a manter sigilo absoluto sobre o caso. A quebra do juramento levaria à excomunhão. Veja o documento: http://news.bbc.co.uk/2/shared/bsp/hi/pdfs/28_09_06_Crimen_english.pdf

O documento Crimen Sollicitationis (latim para Crime da Solicitação) foi escrito em 1962 em latim e distribuído a bispos do mundo inteiro, com a recomendação de que fosse guardado a sete chaves. Poucas pessoas de fora da igreja tiveram acesso a este documento.
As igrejas evangélicas também não ficam atrás, pois há inúmeros casos nas mais diversas denominações.
No entanto, há uma diferença, por exemplo, de como a igreja católica trata desses casos e as Testemunhas de Jeová (não iremos falar nas centenas de igrejas evangélicas existentes no mundo, pois em cada uma há regras particularmente próprias). Os padres ou bispos que eram descobertos praticando a pedofilia, apenas eram transferidos de uma igreja para outra. Além do mais, a vítima era instada a não denunciar o caso, conforme vimos no texto e documento acima. Se houver algum caso de pedofilia por parte de um membro das TJ, essa pessoa é expulsa. Mas, vimos que mesmo os pecados graves, Deus perdoou, de servos do passado. Será que hoje Deus perdoaria um pedófilo, será que um pedófilo pode se arrepender? Com certeza que sim, desde que seja um arrependimento genuíno e que abandone seu mau proceder. Porém, em casos como estes, esse indivíduo não tem mais certos privilégios na congregação cristã, como por exemplo, ser um ancião. Existem relatórios sobre a pessoa, que são confidenciais, que mesmo que ela vá para outra congregação em outra cidade, os anciãos, somente eles, tomam nota da situação. Realmente só Deus sabe o quanto tal pessoa se arrependeu ou o quanto está recuperada de tamanho ato repugnante. Mas para proteger a congregação, tomam-se cuidados para que pessoas assim não fiquem a sós com crianças ou algo parecido. Será que a Bíblia diz que em casos como esses a congregação inteira deveria saber sobre os atos que a uma pessoa cometeu no passado? Vimos através de textos bíblicos que não.

As Testemunhas de Jeová abominam a pedofilia, A sentinela descreve assim os atos de pedofilia:

“Quem de fato abusa sexualmente de uma criança é um estuprador e deve ser encarado assim. A vítima desse tipo de abuso tem o direito de denunciar o molestador.” (A Sentinela 1/11/1995 p. 27)

As Testemunhas de Jeová não tentam “encobrir” casos como esses, como afirmam os opositores das TJ, pois a vítima tem todo o direito de denunciar a polícia. Nenhum ancião deve dizer à vítima que ela não pode fazer uma denúncia. Cabe à vítima, no caso de um menor, a família, apresentar as provas. Será que um pedófilo não arrependido iria confessar a um ancião que cometeu um ato desses? Lógico que não. Se ele confessar, entende-se que realmente deve estar arrependido. Nesse caso, se a vítima tentar denunciar a polícia, será que o culpado iria negar, se realmente estivesse arrependido? Não, pois ele saberia que teria que pagar pelos seus erros, assim como os personagens bíblicos pagaram, mesmo tendo se arrependido.
Se uma vítima acusa alguém e o acusado nega, a vítima, como em qualquer tribunal humano tem de mostrar as provas. (Deut 19:15; João 8:17) Os anciãos não são peritos em crimes, portanto, quem estaria apto a investigar um crime como esse seria a polícia. Para a justiça confirmar um crime assim é preciso dispor de provas, seja, testemunhas, exames, gravações, etc.. Se as provas aparecerem, obviamente serão levadas em conta na congregação cristã.

Em um livro restrito apenas aos anciãos congregacionais tem a seguinte admoestação:

“Abuso de menores é crime. Nunca sugiram a uma pessoa que deixe de denunciar um suposto caso de abuso de menores a polícia ou a outras autoridades. Se lhe perguntarem, deixe claro que fazer isso e uma decisão pessoal e que não há sanções congregacionais, seja qual for a decisão. Os anciãos não devem criticar alguém que faz esse tipo de denúncia às autoridades. Se a vitima desejar fazer uma denúncia, ela tem todo o direito de fazer isso. - Gal.6:5.” (KS 2010 p. 132)

Mesmo em casos que houve denúncias, sejam elas quais forem, e não houve provas, ainda assim, existem pormenores que são considerados e cuidados que são levados em conta.
A “política” que há nas congregações das Testemunhas de Jeová em relação a casos de pedofilia visa defender as crianças e combater tal prática, ao contrário do que algumas pessoas tentam afirmar para denegrir a imagem das Testemunhas de Jeová. O número de casos se comparados com o das igrejas da cristandade torna-se irrisório, não por que tenha acobertado casos, mas por que tem combatido tal prática. 


sábado, 14 de fevereiro de 2015

APÓSTATAS CONTRA A ORGANIZAÇÃO DE DEUS.

APÓSTATAS CONTRA A ORGANIZAÇÃO DE DEUS.

Apostasia é um tema muito discutido no cenário religioso. Muitos têm ideias e opiniões divergentes do que realmente é um apóstata. Iremos abordar algumas questões envolvidas nesse ponto. Como vimos o tema desse artigo é APÓSTATAS CONTRA A ORGANIZAÇÃO DE DEUS. Vamos considerar esse tipo por assim dizer de apóstatas, suas características e os motivos que geralmente os levam a apostatar. Então mãos a obra!

Os apóstatas contra organização de DEUS segundo o livro raciocínios página 41 afirmam o seguinte: afirmam crer na Bíblia, mas rejeitam a organização de Jeová. Então nos resta a seguinte pergunta: que autoridade nós temos de dizer que indivíduos que afirmam acreditar em Jeová e em Jesus e na Bíblia são realmente APÓSTATAS? Temos razões sólidas, baseadas na palavra de Deus a bíblia para fazer tal afirmação? Sim temos. Vejamos alguns motivos.

O verdadeiro cristianismo não admite divisão, nem seitas, nem facções, isso é confirmado várias vezes em avisos apostólicos as congregações, veja Tito 3:10,11, Gálatas 5:20, 1 Timóteo 1:4,7, 2 Timóteo 4:3,4. O texto mais claro das escrituras que mostra sem sombra de dúvida que o verdadeiro cristianismo tem de ser unido é o de 1 Coríntios 1:10, aqui apóstolo Paulo exorta o cristãos a ficarem unidos, que estejam de acordo e que não haja divisões entre eles, isso esta de comum acordo com textos como  Coríntios 14:33, 40. A palavra para “ordem” ou “arranjo” é encontrada na bíblia hebraica original. O apóstolo Paulo, salientando a necessidade de ordem e arranjo na congregação cristã, escreveu aos cristãos em Corinto: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” [em traduções hebraicas: s’darim n’khonim]. (1 Cor. 14:33, 40, Almeida, rev. e corr.; Mateus Hoepers) Este conselho apostólico do primeiro século aplica-se com força igual hoje, a todas as congregações das testemunhas cristãs de Jeová. O apóstolo Paulo escreveu no grego comum dos seus dias, e a palavra grega para “organização” é orgánosis. A raiz desta palavra é érgon, palavra que significa “trabalho” e é repetidas vezes encontrada nas Escrituras Gregas Cristãs.
A questão é o que tudo isso tem haver com apostasia? É muito simples: os apóstatas criam divisão, e subvertem a fé que alguns tem, tudo isso é justamente contrário a orientação apostólica de ordem e organização. Não é de admirar que o apóstolo Paulo diga: “Fiquem de olho nos que causam divisões e motivos para tropeço contra o ensino que aprenderam, e . . . evitem-nos.’ Paulo aconselhou também Tito a “repreender os que contradizem”, acrescentando: “É preciso fechar a boca de tais, visto que estes mesmos persistem em subverter famílias inteiras por ensinarem coisas que não deviam . . . Por esta mesma causa persiste em repreendê-los com severidade.” — Romanos 16:17, 18; Tito 1:9-13.

A questão não é o individuo professar continuar a crer na bíblia, em Jeová e em Jesus, a questão é que todo aquele que debate um assunto na congregação cristã a ponto de criar divisão, não importa o assunto que seja, e não para de discutir tal assunto, é um apóstata. Muitos podem seguir sua opinião, e assim ele subverte a fé de alguns. Isso é visto no caso de himeneu e Fileto, Paulo escreveu a respeito deles: “A palavra deles se espalhará como gangrena. Himeneu e Fileto são desses. Estes mesmos se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição já ocorreu; e estão subvertendo a fé que alguns têm.” (2 Timóteo 2:17, 18; veja também Mateus 18:6.) Não há nada que indique que esses homens não cressem em Deus, na Bíblia e no sacrifício de Jesus. Entretanto, neste único ponto básico, quanto ao que ensinavam a respeito do tempo da ressurreição, Paulo marcou-os corretamente como apóstatas, com os quais os cristãos fiéis não se associariam. Assim vimos de modo claro que uma pessoa declarar crer na bíblia em Jeová e em Jesus não é sinal de que ela não possa ser um apóstata. Agora vamos ver as características que os apóstatas desse tipo manifestam.

Entre as diversas causas da apostasia, a que mais se destaca é, sem dúvida, a falta de fé por causa de dúvidas. (Heb. 3:12) É interessante que O Novo Dicionário Intencional da Teologia do Novo Testamento (em inglês) forneça a seguinte informação sobre o verbo grego que amiúde é traduzido por “duvidar”: “Diakrino, distinguir, julgar, . . .; duvidar, vacilar. . . . Em algumas passagens [do Novo Testamento], a dúvida aparece como falta de fé, e, assim, como pecado (Rom. 14:23). . . . Em Rom. 4:20f., a dúvida chega perto da descrença. . . . A dúvida, assim, é falta de confiança no ato de Deus, que ele ainda tem de realizar e que os homens devem aguardar. . . . No NT, quem duvida peca contra Deus e suas promessas, porque julga a Deus de modo falso.”
De modo que aquele que duvida a ponto de se tornar apóstata arvora-se em juiz. Acha que sabe mais do que seus concristãos, também mais do que o “escravo fiel e discreto”, por meio de quem aprendeu a melhor parte, senão tudo o que ele sabe sobre Jeová Deus e seus propósitos. Desenvolve o espírito de independência e torna-se “soberbo de coração . . . algo detestável para Jeová” (Pro. 16:5). Alguns apóstatas até mesmo acham que sabem mais do que Deus, quanto a ordenar os eventos na realização de seus propósitos. Mais duas outras causas da apostasia, portanto, são a ingratidão e a presunção.
Quanto aos efeitos do proceder apóstata, um deles é a imediata perda da alegria. O apóstata fica endurecido no seu modo rebelde. Outro é que ele deixa de assimilar o alimento espiritual provido pelo “escravo fiel e discreto” — o que resulta em fraqueza espiritual e no quebrantamento do espírito. Jeová declarou profeticamente, contrastando a felicidade de seus servos leais com a condição lastimável dos apóstatas:
“Eis que os meus próprios servos comerão, mas vós passareis fome. Eis que os meus próprios servos beberão, mas vós passareis sede. Eis que os meus próprios servos se alegrarão, mas vós passareis vergonha. Eis que os meus próprios servos gritarão de júbilo por causa da boa condição do coração, mas vós fareis clamores por causa da dor de coração e uivareis por causa do puro quebrantamento do espírito.” — Isa. 65:13, 14.
 Depois de se terem entregue a obras da carne tais como “inimizades, rixas, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas”, os apóstatas muitas vezes são vítimas de outras obras carnais, tais como “bebedeiras”, “conduta desenfreada” e “fornicação”. (Gál. 5:19-21) Pedro adverte contra os que “menosprezam o senhorio” por desprezarem a ordem teocrática, que “falam de modo ultrajante” a respeito dos incumbidos de responsabilidades dentro da congregação cristã, e assim ‘abandonam a vereda reta’. Ele diz que “as condições derradeiras tornaram-se piores para eles do que as primeiras”. — Leia cuidadosamente 2 Pedro, capítulo 2.
Vimos que uma das causas básicas da apostasia é a falta de fé por causa de dúvidas destrutivas, e que a palavra traduzida por “dúvida” significa também “distinguir”. O apóstata arvora-se em alguém que decide o que é verdadeiro e o que é falso, o que é “bom” e o que é “mau” em matéria de alimento espiritual Torna-se presunçoso — Veja Gênesis 2:17; 3:1-7.
Essas são algumas características que os apóstatas apresentam, mais quanto aos motivos que dão? Vejamos.

Ofender-se: É interessante notar que muitos dos que se tornaram vítimas da apostasia começaram a seguir na direção errada por primeiro se queixarem da maneira em que achavam ser tratados na organização de Jeová. (Judas 16) Mais tarde passaram a achar falta nas crenças. Assim como o cirurgião age depressa para cortar fora uma gangrena, aja depressa para eliminar da mente qualquer tendência de queixa, de insatisfação com o modo em que as coisas são feitas na congregação cristã. (Colossenses 3:13, 14) Corte fora tudo o que promova tais dúvidas. — Marcos 9:43.

Orgulho: muitos que se tornam apóstatas são pessoas que ficam ofendidas quando acham que um problema esta demorando demais para ser resolvido ou esperam perfeição da organização de DEUS. Não é de admitir que a sentinela de 1997 (w97 1/8 p. 11 par. 8 Sirva lealmente com a organização de Jeová) diga isso:
 “Hoje em dia, a organização terrestre de Deus é muito superior ao sistema judaico com o seu templo. Deve-se admitir que não é perfeita; é por isso que de vez em quando se precisam fazer ajustes. Mas ao mesmo tempo não está permeada de corrupção, nem está Jeová Deus prestes a substituí-la. Nunca devemos permitir que quaisquer imperfeições que percebamos nela nos amargurem ou nos induzam a adotar um espírito crítico e negativo.”
Nenhuma organização humana é perfeita, pois todas são compostas de humanos imperfeitos, mesmo assim segundo a sentinela mencionada, não devemos permitir que as imperfeições que percebamos nela nos amargurem.
Citemos o caso de Raymond Franz ex-membro do corpo governante, uma das coisas que provavelmente contribui para a sua apostasia, é algo citado no anuário de 1973, ali conta um pouco de sua experiência na época como missionário e servo de zona. Veja o que diz o anuário (*** yb73 p. 156 República Dominicana) “Apreciou grandemente as visitas do irmão Bivens como servo de zona e de Raymond Franz, para ajudá-lo a resolver os muitos problemas de organização e as dificuldades criadas por pessoas ambiciosas de posições na organização.”
Conforme o anuário mostra, Raymond Franz viu os problemas que a organização tinha, também percebeu que muitas dificuldade eram criadas por pessoas ambiciosas de posições na organização. Mais o que ele fez? Justamente se tornou uma dessas pessoas ambiciosas de posições de destaque. Em vez de isso lhe servir de lição, deixou se amargurar e ficar ressentido.
Se ele esperava perfeição de alguma organização humana não achou. O orgulho foi um dos fatos dominante para contribuir em sua apostasia.

Impaciência: Termos uma atitude de espera também nos ajudará a evitar a presunção. Alguns dos que se tornaram apóstatas não estavam dispostos a esperar. Talvez achassem que havia necessidade de um ajuste, quer de entendimento bíblico, quer de assuntos de organização. Mas, deixaram de reconhecer que o espírito de Jeová induz o escravo fiel e discreto a fazer ajustes no tempo devido Dele, não quando nós talvez os achemos necessários. E quaisquer ajustes têm de estar em harmonia com a vontade de Jeová, não com as nossas próprias ideias. Os apóstatas deixam que uma atitude presunçosa distorça seu modo de pensar e os faça tropeçar. Mas, se eles tivessem adotado a atitude mental de Cristo, poderiam ter conservado sua alegria e continuado entre o povo de Jeová. — Filipenses 2:5-8. Vemos como é perigoso ser impaciente, é algo que pode levar a apostasia, mais por quê? A impaciência é uma coisa que o Diabo procura. Às vezes talvez achemos que deveria haver algumas mudanças; queremos uma ação rápida, respostas imediatas. “Este problema tem de ser resolvido agora mesmo, senão eu desisto. Tenho de ter agora mesmo a resposta a esta pergunta ou não vou continuar. O Armagedom e o novo sistema já por anos ‘são iminentes’. Já estou cansado de esperar.” Pode estar certo de que o Diabo está pronto para lançar sementes de dúvida e de revolta em tais campos de impaciência. Precisa-se de perseverança e fé. — Hebreus 10:36, 39.

No geral, as atitudes procuradas pelo diabo em propensos candidatos a apostasia são atitudes comuns como a amargura, o ressentimento e ser crítico. Tais sentimentos podem tornar-se tão fortes que sobra muito pouco espaço para o amor e o apreço. Pode ser que algum problema não solucionado fermente, fazendo a pessoa sentir-se irada e justificada a afastar-se. A pessoa perturbada só enxerga as fraquezas de seu irmão, em vez de perdoar-lhe “setenta e sete vezes”, e ela deixa de aproveitar as circunstâncias provadoras como oportunidades para aperfeiçoar as qualidades cristãs. (Mateus 18:22) Neste estado mental, caso alguém venha e sugira que a organização de Jeová é opressiva ou restritiva, ou mesmo está errada em certos ensinos vitais, o coração do cristão amargurado pode tornar-se receptivo a tais alegações infundadas. Portanto, quão necessário é evitar a amargura e o ressentimento!  Outra coisa interessante é que alguns apóstatas se tornam apóstatas por começaram cometendo outros pecados graves, veja o que essa sentinela diz:
“Certo homem desfrutava de muitos encargos como ancião, embora astutamente encobrisse a sua culpa como fornicador. Mesmo depois de se casar, ele continuou seu proceder imoral. Não obstante, não achava difícil manter uma fachada de inocência, e até participava em comissões judicativas que julgavam outros. O pecado começara a endurecê-lo. Logo passou a duvidar até mesmo dos ensinos básicos da Bíblia. Finalmente forçado a confessar o seu erro, podia apenas dar de ombros e dizer: ‘Que diferença faz isso agora?’  (w86 1/4 p. 25 Acautele-se contra o efeito endurecedor do pecado!)

Outra coisa que contribui para apostasia é posições de destaque na organização, alguns talvez digam: como pode um membro do corpo governante apostatar?
Lembre-se do seguinte, atos 20: 29,30 diz: “Sei que depois de eu ter ido embora entrarão no meio de vós lobos opressivos e eles não tratarão o rebanho com ternura,  e dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos.”
Com quem estava falando o apóstolo Paulo? Se lermos o contexto no versículo 17, iremos entender com quem falava o apóstolo Paulo. “No entanto, de Mileto ele enviou a Éfeso e chamou os anciãos da congregação. Quando foram ter com ele, disse-lhes: ‘Bem sabeis como, desde o primeiro dia em que pisei no [distrito da] Ásia, eu estive convosco todo o tempo’.”
Paulo falava que alguns dentre os anciãos que eram UNGIDOS se tornariam APÓSTATAS E NÃO SE CONTENTARIAM EM FAZER SEUS PRÓPRIOS DISCÍPULOS, MAS EM ARRASTAR CONSIGO OS DISCÍPULOS DE CRISTO.
Por isso não é de admirar que alguns em posição de destaque, até mesmo UNGIDOS possam se tornar apóstatas.
Seja como for, ninguém é vítima da apostasia porque isso simplesmente não pôde ser evitado. Ninguém é predestinado a abandonar a fé. O que está envolvido é a motivação do coração.

Por isso evitemos isso a todo custo, pois NOSSA VIDA ESTÁ EM JOGO, QUE O LEITOR DO ARTIGO TIRE PROVEITO DA LEITURA. ABRAÇO A TODOS.

Lucas Natan