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domingo, 18 de outubro de 2015

Torre de Vigia

Torre de Vigia

 
Num grande esforço de demonizar as Testemunhas de Jeová, alguns de seus ex-associados levantam muitas acusações contra as próprias Testemunhas de Jeová. Muitas de tais acusações são meias-verdades, falsidades descaradas, distorções ou fatos distorcidos de seu contexto histórico e bíblico.
 A tentativa de encontrar supostos símbolos nas publicações das Testemunhas de Jeová, tanto nas antigas, como nas atuais, não é nova. Os opositores já fizeram várias acusações, por exemplo, no livro Millennial Dawn (Aurora do Milênio) acusaram de haver um símbolo egípcio pagão chamado globo alado. Isso ligaria supostamente as Testemunhas de Jeová ou Charles Taze Russell, fundador da Sociedade Torre de Vigia, a maçonaria. Outro exemplo é a cruz coroada que aparecia na capa da Zion’s Watch Tower, supostamente ser de origem maçônica. E as acusações são muitas nesse sentido, procuraram símbolos ou figuras ocultas nas publicações das Testemunhas de Jeová a fim de liga-las a ocultismo ou espiritismo. Não é de admirar que acusações desse tipo tenham sido até mesmo conhecidas aos membros do corpo governante. Vejamos:

*** g89 8/2 p. 15 Deve espalhar um boato? ***
 Até mesmo as publicações da Sociedade Torre de Vigia (EUA) têm sido objeto de boatos — por exemplo, que um dos ilustradores estivera introduzindo secretamente gravuras de demônios nas ilustrações, que ele foi posteriormente descoberto e desassociado!
Participou em espalhar qualquer dessas histórias? Caso sim, você esteve — talvez sem o saber — divulgando uma inverdade, visto que todas elas eram falsas. Por certo, o boato a respeito das publicações da Sociedade era prejudicial, bem como caluniava os zelosos cristãos que trabalham longas horas na produção das ilustrações que tornam as revistas, as brochuras e os livros tão atraentes. Isto era tão ridículo como seria dizer que Deus, ao criar os corpos celestes, fez deliberadamente aparecer o aspecto de ‘um homem na lua’.

Vimos aqui que os membros do corpo governante estão cientes dessas acusações, mas algo que também tem sido objeto de critica dos opositores é o símbolo principal das Testemunhas de Jeová, sua marca registrada nas publicações, a torre. Os opositores dizem que a torre de vigia é um símbolo próprio da franco maçonaria, também chamado de torre de pedra redonda. Mas mesmo que isso fosse verdade, que a torre de vigia é um símbolo franco-maçom, a questão é: por que motivo as Testemunhas de Jeová usam a torre como símbolo das suas publicações? É a torre de vigia um símbolo bíblico?
Primeiro, vejamos o motivo das Testemunhas de Jeová usaram a torre como símbolo nas publicações. Voltemos ao passado, Charles Taze Russell queria tornar ampla a distribuição de bíblias, tratados, livros e outros compêndios, por isso, por livre e espontânea vontade, criou uma sociedade sem fins lucrativos, registrada segundo as leis do estado de Pensilvânia. Mas qual seria o nome dessa entidade jurídica? Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, legalmente estatuída em 1884. Mesmo antes de se tornar uma sociedade jurídica legal, o seu nome era Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, hoje em dia o nome dessa entidade jurídica é Sociedade Torre de Vigia de Pensilvânia. Sobre a Torre, vejamos o que diz certa referência:

A expressão “Watch Tower” (“Torre de Vigia”) não é exclusividade dos escritos de Russell nem das Testemunhas de Jeová. George Storrs publicou um livro na década de 1850 intitulado The Watch Tower: Or, Man in Death; and the Hope for a Future Life (A Torre de Vigia: Ou, o Homem na Morte; e a Esperança de Uma Vida Futura). Esse nome foi também incorporado no título de vários periódicos religiosos. Origina-se da idéia de manter-se vigilante sobre o desenrolar dos propósitos de Deus. — Isa. 21:8, 11, 12; Eze. 3:17; Hab. 2:1. É a principal entidade jurídica usada pelas Testemunhas de Jeová, e tem a função de disseminar a distribuição de bíblias, tratados, e outras publicações no mundo inteiro.  
                                                                                                              Proclamadores, cap 5. p. 48

A "Torre de Vigia" é a principal entidade jurídica usada pelas Testemunhas de Jeová, e tem a função de disseminar a distribuição de bíblias, tratados, e outras publicações no mundo inteiro.  Admite-se, no entanto, que aja outras sociedades jurídicas no mundo inteiro, porém, a Sociedade Torre de Vigia de Pensilvânia é a principal e a mais antiga de todas as sociedade jurídicas.  
Mas, por que Russell escolheu como nome, Sociedade Torre de Vigia, e também como símbolo principal das publicações dos estudantes da bíblia ou Testemunhas de Jeová? Um dos motivos da escolha é que tal símbolo é bíblico!

Vigia de Sião Tower & The Watchtower
           
A torre de vigia era um local de vigilância ou posto de observação, não raro construído nas muralhas duma cidade. Construíam-se outras torres de vigia em áreas desérticas ou em zonas fronteiriças. Destinavam-se principalmente a fins militares e serviam para proteger uma cidade ou uma fronteira; eram construídas também como lugares de refúgio para pastores e lavradores em áreas isoladas e permitiam que o vigia alertasse contra saqueadores, de modo que os rebanhos e as plantações maturescentes da região pudessem ser protegidos. — 2Cr 20:24; Is 21:8; 32:14.
 Várias cidades chamavam-se Mispé (hebr.: mits·péh, “Torre de Vigia”), provavelmente por estarem situadas em grandes elevações ou por causa de torres notáveis erguidas ali. Às vezes a Bíblia diferençava tais cidades, mencionando sua localização por nome, tal como “Mispé de Gileade” (Jz 11:29) e “Mispé, em Moabe”. — 1Sa 22:3.
Jacó ergueu um monte de pedras e chamou-o de “Galeede” (que significa “Montão de Testemunho”) e “A Torre de Vigia”. Labão disse então: “Vigie Jeová entre mim e ti quando estivermos sem nos ver um ao outro.” (Gên 31:45-49) Esse monte de pedras atestaria que Jeová estava observando, a fim de assegurar-se de que Jacó e Labão cumprissem seu pacto de paz.
it-3 p. 790 Vigia, Torre de

Russell sabendo que a bíblia falava a respeito desse assunto, ao colocar uma torre de vigia, pensou em colocar ela como símbolo de vigilância espiritual.  (Mateus 24:42). Seria um símbolo que lembraria os Estudantes da Bíblia a se manterem firmes e vigilantes, pois a volta do seu senhor se mostrara próxima.
Isso é confirmado pelo fato que quando o símbolo da torre apareceu nas publicações, em 1884, os estudantes esperavam a vinda de cristo para o ano de 1914, a torre era um lembrete para eles se manterem firmes e vigilantes, como já dito.  
            A torre também foi colocada como símbolo principal em nossas publicações pelo fato simples de que o nome da sociedade jurídica principal das Testemunhas de Jeová ser “Sociedade TORRE DE VIGIA de Pensilvânia”. Não é lógico isso? Seria estranho colocar outro símbolo como marca registrada das publicações, sendo que o nome da entidade jurídica é Torre de Vigia.

Alguns talvez então pensem: de qualquer forma, esse símbolo tem origem negativa, pois inculcava nos Estudantes da Bíblia um conceito errado, vigilância sobre um fim que não veio em 1914. No entanto, não devemos manter sempre o sentido, despertos, em constante vigilância? Hoje em dia esse símbolo é uma representação de que nós como cristãos devemos manter-nos constantes, inabaláveis e em constante vigilância, pois a vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus, esta próxima. Não é um símbolo que lembra o paganismo, nem tampouco é realmente de origem pagã, é um símbolo bíblico usado no passado como sendo local de estrita vigilância de uma cidade contra soldados inimigos, por isso, que o leitor, por favor, use de discernimento. 
Lucas Natan Kruger Nicolau
Mytestemunha