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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

SALÃO DE ASSEMBLEIAS DA DINAMARCA - Um símbolo oculto?


SALÃO DE ASSEMBLEIAS DA DINAMARCA - Um símbolo oculto?




Antes de mais nada, é preciso separar "FATOS" de "INFORMAÇÃO INDUTIVA", informação essa que normalmente é falsa.

FATO
A vista aérea na posição como apresentada na imagem se ASSEMELHA ao referido símbolo.

INFORMAÇÃO INDUTIVA
O formato é assim porque foi feito propositalmente dessa forma, pois a Associação está vinculada a Maçonaria e Iluminatis.

ANALISANDO A LUZ DA LÓGICA E DAS POSSIBILIDADES ADICIONAIS

Como o único fato existente é que o formato, na posição apresentada se ASSEMELHA a um símbolo oculto, então analisaremos a imagem sob um prisma diferente, tendo como Premissa outro fato: "A Associação Torre de Vigia não possui vínculo algum com qualquer Sociedade ou Entidade Religiosa, secreta ou não, nem mesmo com Órgãos Governamentais, haja visto não sermos adeptos ao ecumenismo e por causa de nossa neutralidade".

Sendo assim, vamos raciocinar:

1) O FORMATO TRIANGULAR DO TERRENO

O lote onde o Salão de Assembleias foi construído possui um formato triangular.

Quem define o formato de um terreno são as autoridades, não o dono do mesmo, a menos que ele divida alguma parte de seu terreno, o que não parece ser o caso.

2) O PRÉDIO E ESTACIONAMENTOS - O formato do olho

Esse tipo de terreno em forma de triângulo se torna um desafio para Engenheiros e Arquitetos poderem projetar algo, que ao mesmo tempo seja eficiente, aproveite todos os espaços e seja funcional.

Ao observar a arquitetura empregada na imagem podemos ver que essa obra cumpre com todos os requisitos necessários para o melhor aproveitamento do espaço.

a) Da base maior (entrada) afunilando até o auditório (o que parece a base do olho) - Essa parte garante um amplo estacionamento que em grandes auditórios é sábio que seja localizado a frente, isso evita distrações com o barulho de carros passando pela lateral do auditório, caso maior parte do estacionamento fosse localizada aos fundos do auditório.

b) Do auditório (o olho) até o fim do terreno - O auditório é levemente convexo, ou seja, possui um formato de "U". Esse tipo de formato melhora o aproveitamento do espaço interno e auxilia na acústica do ambiente. Visto de cima parece ser a "base do olho" do suposto símbolo, mas isso não tem nada a ver com a funcionalidade do ambiente.

3) É UM SÍMBOLO OCULTO?

Imagine que você quer fazer uma construção que ao mesmo tempo represente, duma perspectiva aérea, um "símbolo" de sua empresa, Igreja, seita, etc.

A coisa mais importante nesse caso é que o SÍMBOLO, aquilo que você quer destacar, seja PERFEITO. Somente depois é que você tentará encaixar ao projeto as demais funcionalidades.

Porém observam-se coisas interessantes nesse Salão de Assembleias:

a) Formato triangular - Longe de representar um perfeito triângulo, sua forma irregular evidencia um descuido ou descompromisso com alguma eventual intenção de representar algum símbolo específico.

Imagine que você quer fazer algo no formato de uma bola de futebol. Você planejaria que o formato principal não fosse perfeitamente desenhado, parecendo mais uma elipse do que um círculo, por exemplo? Claro que não! Pois isso iria interferir na percepção e na fidelidade da construção em relação ao símbolo que desejaria retratar.

Esse é o caso que ocorre com o formato irregular do terreno do Salão de Assembleias da Dinamarca.

b) O olho - O auditório que parece formar a suposta base para o "olho que tudo vê", juntamente com os complementos, incluindo o palco e fundos, possuem muitos problemas para o simbolismo desejado:

I. Está invertido, pois o destaque maior no símbolo oculto está na pálpebra superior do olho e o "Salão de Assembleias" acaba destacando a parte inferior, trazendo um aspecto de "olheiras cansadas" ao invés de "um olho observador".

II. Não há globo ocular definido.

III. A visão do "suposto olho" parece estar é entediada, revirando "os olhos", pois esse aponta, mira ou olha para cima.

Assim, nem externa e nem internamente possuímos características necessárias para atribuir algum valor a acusação, mesmo analisando tudo sob a ótica apresentada.

4) ADICIONANDO ELEMENTOS AO RACIOCÍNIO

a) Mais símbolos no local? Se esse fosse um grande monumento dedicado pela Associação a "revelar" ao mundo, de maneira faraônica e nada discreta, que ela possui envolvimento com sociedades secretas, não deveríamos esperar que mais símbolos e indícios fossem encontrados no local? Mas o que temos? ABSOLUTAMENTE NADA!

b) Mais indícios em outras construções? Se essa fosse a maneira da Associação revelar que faz parte disso tudo, por que não vemos nenhuma outra obra contendo tais simbolismos? Porque perderam a oportunidade de fazer isso com a nova sede mundial, por exemplo? Porque somente em um ÚNICO Salão de Assembleias e ainda na Dinamarca? Não faz sentido algum.

c) Quem fez a obra? A Associação comprou o prédio e apenas o reformou ou o construiu? Qualquer que seja a resposta, pelo exposto acima fica evidente a idoneidade da Organização das Testemunhas de Jeová.

AFINAL, O QUE É TUDO ISSO ENTÃO?

Isso tudo é fruto da união de 2 fatores: (1) Mente apostata satânica e doentia; com (2) Pareidolia.

Essas acusações partem de pessoas que odeiam a Organização de Jeová e que a todo momento tentam difamá-la ou fazê-la cair em descrédito e inventar boatos maldosos ou espalhar meias-verdades.

Essa mente e coração controlados pelo diabo são presas fáceis a qualquer que seja a ínfima possibilidade de conseguir criar mais um ataque infundado, do qual eles mesmos não tem a menor noção do que falam.

A imagem não passa de uma PAREIDOLIA. É como se você olhasse para uma nuvem, para uma casa, para uma sombra e enxergasse nesses locais o formato de símbolos, rostos, animais, etc.

Por exemplo:
A - Se você girar a mesma imagem por 90 graus obterá visualmente uma imagem semelhante a um megafone.

B - Se girá-la 180 graus, pareceria mais uma Pizza, um peão ou o lápis do Chaves que foi apontado várias vezes.

Dessa forma, a percepção pode variar de acordo com o ângulo em que se observa determinada imagem, e o mesmo se dá com essa imagem. Você é sugestionado a enxergar aquilo que lhe propõem.

CONCLUSÃO
A imagem não passa de uma pareidolia, uma simples coincidência quê deveria ser mais motivo de riso do que de preocupação.

"Não prestem atenção a fábulas [...] Todas as coisas são puras para os puros; mas para os impuros e sem fé, nada é puro, pois tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas" - TITO 1:14, 15.

Será que Charles Taze Russell era racista? (Parte 2)




Será que Charles Taze Russell era racista? (Parte 2)

Imagem relacionadaO artigo publicado em A Torre de Vigia de 1º de outubro de 1900, R2706* página 296 , intitulado: “Pode a Restituição mudar a pele do etíope?” tem sido usado como uma das supostas “provas” de que o Pastor Russell era racista.

Apresentamos, na íntegra, o artigo traduzido:

SERÁ QUE A RESTITUIÇÃO PODE MUDAR A PELE DO ETÍOPE?

O abaixo, de autoria do New York World, é o terceiro caso que vemos relatado. Isso sugere e ilustra o processo de restituição que ocorrerá em breve. Lemos assim:

“ELE GRADUALMENTE MUDOU DE PRETO PARA BRANCO.”

“PARKERSBURG, W. VA., 8 de set. – O destino reservou ao Rev. Wm. H. Draper, pastor da Igreja Logan Memorial, da Conferência de Washington, Igreja A.M.E., desta cidade, fornecer uma resposta viva e afirmativa à famosa pergunta Bíblica: “Porventura pode o etíope mudar a sua pele?” Embora tenha sido negro como carvão, o Rev. Sr. Draper agora é branco. Os conhecidos dele dizem que sua cor mudou em resposta a uma oração. Muitos anos atrás Draper era empregado de um homem de pele clara, e em diversas ocasiões ouviu-se ele dizer que se tão-somente fosse branco como seu patrão ele seria feliz. Enquanto estava trabalhando para esse homem branco, Draper ‘experimentou’ religião.

“Daquele dia em diante ele orou fervorosa e constantemente para que se tornasse branco. Trinta anos atrás, sua oração começou a ser respondida. Ele inicialmente passou a sentir um formigamento no rosto e, ao olhar de perto, encontrou alguns pontinhos brancos não muito maiores que a ponta de um alfinete. Ele ficou preocupado, achando que tinha alguma doença incomum, mas não sofreu, e, além da sensação de formigamento, não sentiu nada mais diferente. Os pontos brancos foram gradualmente aumentando, até que agora, depois de as mudanças estarem em andamento por trinta anos, Draper já não possui nenhum ponto negro em seu corpo.

“Muitos anos atrás, antes dessa estranha metamorfose ocorrer, o Sr. Draper era responsável pela mesma igreja que cuida hoje. Ele era muito querido pelo rebanho e, quando partiu, deixou muita tristeza. Quando recentemente retornou a Parkersburg, os membros da igreja ficaram muito contentes pois seu pastor favorito estava voltando. Quando, contudo, Draper apareceu no púlpito no primeiro domingo, nenhum membro o reconheceu. De fato, isso foi tudo o que podia fazer para convencê-los de que ele, um homem branco, era o mesmo velho pregador negro de anos atrás.”

Muitos usam trechos desse artigo para provar que Russell disse essas coisas e era racista. Mas considere o seguinte:

  • Nada ali escrito eram palavras do próprio Russell. Ele citou um artigo do jornal New York World, que, por sua vez, conta a história e desejo pessoal de um Pastor Batista!
  • Russell não achava que Adão e Eva eram totalmente brancos:

“Podemos supor que eles não eram nem brancos como alguns de nós, nem escuros como os negros, mas morenos, fulvos. Se isso for verdade, a brancura extrema de alguns povos não deve ser considerada o padrão original, mas um desvio para um dos lados, assim como o negro e outros seriam desvios para o outro lado.” - A Torre de Vigia, 15 de julho de 1902.

  • Segundo Russell (e ele não era dogmático sobre isso), na Restituição as pessoas poderiam voltar a ter uma cor de pele semelhante a de nossos primeiros pais, Adão e Eva.
  • Digno de nota também é o fato de que o próprio Russell não era moreno (a suposta cor original), e sim consideravelmente branco.

Muitas outras supostas provas de que Russell era racista são semelhantes a esse fato, são mentiras usadas por pessoas mal intencionadas tirando palavras do contexto e interpretando a seu bel-prazer.  

Provas de que Russell não era racista são bem claras e abundantes. A título de exemplo, em seu artigo “A Nova Vida em Cristo” (The New Life in Christ), publicado em A Torre de Vigia de 1º de junho de 1899 (R2481, pág. 141), Russell escreveu:

“E o Apóstolo então nos mostra que nessa nova condição, quais membros do corpo de Cristo, devemos nos lembrar que as anteriores diferenças dos homens devem ser ignoradas, pois quem quer que tenha sido aceito pelo Senhor como membro de seu corpo é co-membro de todos os demais que assim foram aceitos — não importando se, de acordo com a carne, eram gregos ou judeus, circuncisos ou incircuncisos, bárbaros ou citas, escravos ou homens livres; pois todos os que vieram a estar em Cristo são considerados como mortos para sua condição anterior, e vivos para as novas condições, as quais são vida para todos. Assim, um escravo que está sendo liberto está morto para com sua anterior escravidão, e pode-se dizer que, figurativamente, começou uma nova vida. Do mesmo modo, um cidadão pode renunciar sua lealdade à pátria de nascimento e jurar lealdade a um novo país, tornando-se um cidadão deste e, portanto, ser considerado como que morto pela nação da qual era cidadão por nascimento, e tornar-se vivo como cidadão da nova nação na qual foi aceito. Assim se dá com todos os que estão em Cristo: eles podem ter sido galeses, hispânicos, bretões ou gauleses, negros ou brancos, índios ou malaios, mas assim que são aceitos pelo Senhor quais novas criaturas através da fé e da consagração, eles devem considerar a si mesmos como mortos para com seus anteriores relacionamentos e obrigações, e como tendo entrado em novas condições quais cidadãos do Reino Celestial, reconhecidos como herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo.

Isso não significa, contudo, que o homem branco se tornará um homem negro, ou o homem negro se tornará um homem branco; não necessariamente significa também uma mudança de idioma, nem uma revolução em todos os gostos e peculiaridades de onde se nasceu; nem significa que haverá um pleno livramento, de acordo com a carne, das obrigações do país onde nascemos, nem sugere que não devamos nos submeter aos poderes existentes, exceto quando suas exigências forem contrárias às ordens de nosso Rei; nem sugere que devemos ignorar as diferenças de sexo e as peculiaridades de cada gênero, as quais, de acordo com as Escrituras, deverão continuar e ser mantidas durante a era atual. O que se indica, contudo, é que ao pensarmos uns dos outros como novas criaturas em Cristo todos devem ser considerados como estando no mesmo plano ou nível comum — ninguém deve deixar de ser estimado como “irmão” por causa de sua cor, idioma ou sexo.”

Diante do exposto, fica claro que qualquer afirmação de que Charles Taze Russel era racista, não passa apenas de mentiras semelhantes ao exemplo citado.

*(R=Reimpressões, ou seja, volumes encadernados de A Torre de Vigia reimpressos.)

sábado, 26 de janeiro de 2019

Será que Charles Taze Russell era racista?


Será que Charles Taze Russell era racista?


       
Muitos sites, blogs, redes sociais e vídeos têm disseminado a ideia de que o Pastor Charles Taze Russell, era racista. Os argumentos para tal frequentemente se baseiam em citações extraídas de publicações antigas. Muitas vezes o que se têm é uma composição de várias frases isoladas de seu contexto, que podem dar a impressão de que isso é verdade.
Para rebater tais acusações falsas apresentaremos aqui todas as frases em seu contexto original, bem como muitas outras citações em que o Irmão Russell apresenta a raça negra num contexto igualitário, digno do pensamento cristão.

Vamos à primeira afirmação:

“Deus…tem especialmente abençoado e favorecido certos ramos da raça ariana na Europa e na América… A Igreja eleita será… composta principalmente da altamente favorecida raça branca.”

Estas frases encontram-se na publicação “THE BIBLE VERSUS THE EVOLUTION THEORY.
–A LIVE TOPIC DISCUSSED BY TRAVELING MINISTERS” (A Bíblia Versus a Teoria da Evolução — Um Tópico Vibrante Discutido Por Ministros Numa Viagem”), de 1898.

            Nessa publicação encontramos uma conversa imaginária entre dois ministros religiosos durante uma viagem de trem, o “Ministro Alfa”, um presbiteriano que acreditava na evolução e o “Ministro Beta”, um Estudante da Bíblia que procurava refutar isso.

A certa altura da conversa o “Ministro Beta” começa a falar sobre a doutrina da eleição e o “Ministro Alfa” confessa que os presbiterianos não estão mais pregando essa doutrina tão amplamente como antes. Daí o “Ministro Beta” diz que entende a situação, principalmente quando se pensa que, a princípio, se existem os eleitos, devem existir os não eleitos, e a ideia de que tais não eleitos foram predestinados por Deus para a destruição é algo muito perturbador.
Nessa parte o “Ministro Beta” passa a apresentar o harmonioso ponto de vista da obra A Aurora do Milênio* sobre esse assunto. (*Posteriormente chamada de Estudos das Escrituras)

Ele diz que “Deus, durante a Era atual não está tentando abençoar o mundo inteiro, mas apenas certas partes deste mundo — não está tentando salvar o mundo inteiro, mas meramente selecionar, do mundo, uma Igreja, um “sacerdote real, uma nação santa, um povo peculiar.” Porém, continua explicando, “isso não quer dizer que todo o restante da humanidade que não for eleita durante a Era do Evangelho será condenada e atormentada para sempre”. Bem pelo contrário.”  

Em resposta, o “Ministro Alfa” tenta argumentar que não pode ser assim. Que não faz sentido Deus não estar tentando salvar o mundo inteiro agora. Ele cita como apoio o texto que diz que o Evangelho foi pregado “a toda criatura debaixo do céu”. Ele diz que se Deus não estivesse tentando salvar o mundo inteiro agora, mas apenas uma classe eleita, ele estaria fazendo “acepção de pessoas”.

É mais ou menos nesse ponto que o “Ministro Beta” apresenta sua refutação, provando que Deus tem lidado com certos grupos de pessoas, como os israelitas e outros. Mas isso não significa que ele rejeita INDIVÍDUOS de outros grupos, mesmo que não sejam dos grupos principais com os quais Deus está, na Era Evangélica, atuando.
Vejamos, quase na íntegra, o argumento do “Ministro Beta”:

B.– Observemos esse ponto. Exporei os argumentos de A AURORA DO MILÊNIO sobre esse assunto, e depois você me diz se eles resolvem o problema de modo pleno, amplo e satisfatório.

Eu chamo sua atenção para o fato de que a luz do Evangelho surgiu na Palestina, que fica na junção, podemos dizer, de três continentes — Europa, Ásia e África. Teria sido mais perto se o Evangelho fosse pregado para o sul, em direção a África, aos milhões de pessoas sem conhecimento ali. Mas a África ainda está na escuridão, sendo apenas um pouco tocada pela luz da verdade nas suas fronteiras ao norte. Também teria sido mais perto se a luz do Evangelho tivesse sido enviada em direção ao Oriente, para as centenas de milhões na Índia ou para a China e suas centenas de milhões de pessoas. Mas a Índia e a China têm estado  em escuridão por dezoito séculos, excetuando-se alguns flashes da luz da verdade que os alcançou. A Europa ficava mais distante, mas para a Europa, e da Europa para a América, o Senhor se agradou de enviar a luz do Evangelho, “Uma luz para iluminar os gentios”.

O oposto, porém, conforme registrado em algumas palavras registradas em Atos dos Apóstolos (16:6, 7) relacionadas com a missão do grande Apóstolo aos gentios, S. Paulo, mostram-nos inquestionavelmente que o envio do Evangelho à Europa foi um ato Divino intencional — predestinação — escolha e eleição.   

(…)

Agora me diga, será que esses fatos não provam que a providência divina tem muito que ver com o progresso e a direção do candelabro da verdade? Não seriam eles uma manifestação de eleição divina ou seleção? Veja bem, estou seguindo a hipótese apresentada em A AURORA DO MILÊNIO, de que os não eleitos e os não iluminados estão similar e proporcionalmente não condenados. Não estou alegando com isso que Deus talvez faça acepção de pessoas. É algo bem diferente que Deus talvez faça acepções de raças, ou melhor, aparentemente tem feito acepções de raças, e tem especialmente abençoado e favorecido certos ramos da raça ariana na Europa e na América. Mas o fato de que a raça branca tem sido mais abundantemente abençoada COM A LUZ DO EVANGELHO (ênfase minha) do que outras não quer dizer que quando membros de outras raças ouviram e apreciaram o Evangelho eles foram repelidos ou rejeitados pelo Senhor. Esse conceito está em plena harmonia de que Deus não faz acepção de pessoas, mas que “lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo”. Em harmonia com isso, o autor de A AURORA DO MILÊNIO sustenta que, ao passo que a Igreja eleita será PROVAVELMENTE (ênfase minha) composta principalmente da altamente favorecida raça branca, no entanto, ela provavelmente incluirá representantes de “todas as nações, e tribos, e povos”.

Quando consideramos o contexto, observamos que:

* Russell jamais se referiu denegridamente ou de modo racista a qualquer etnia em particular.
* Russell atesta o fato que a raça branca (ariana) tem recebido o favor de Deus, mas jamais afirma que essa raça é superior às outras.
* Diz que a Igreja será composta de representantes de “todas as nações, e tribos, e povos”.
* Afirma que “Deus não faz acepção de pessoas”.
Vemos, portanto, que o ponto em questão era simplesmente provar que Deus lidava com certos grupos em particular, como o povo judeu, mas sempre aceitou indivíduos de outras raças ou etnias.
É importante lembrar também que no ano em que esse texto foi produzido, 1898, o termo “ariano” não carregava as conotações racistas posteriormente atribuídas pelo horror do nazismo.




segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Transfusões de sangue: Perguntas e acusações respondidas

Transfusões de sangue: Perguntas e acusações respondidas



Como muitos leitores sabem, as Testemunhas de Jeová defendem o ensino bíblico de que o sangue é sagrado e que os cristãos devem abster-se entre outras coisas de transfusões de sangue.
Ao longo dos anos e através de diferentes meios temos recebido várias perguntas ou acusações sobre esta posição. Abaixo reproduzimos algumas destas questões junto com suas respostas.

Hoje em dia, a maioria das transfusões não são de sangue total, mas de algum componente sanguíneo. No entanto, a torre de vigia proíbe qualquer um dos componentes primários de transfusão de sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos (leucócitos), plaquetas ou plasma, mas permite os componentes secundários, tais como a albumina, hemoglobinas, etc. Como a torre de vigia decide quais são os componentes primários e quais são os secundários?
Nas mensagens recebidas sobre o assunto, que muitas vezes falam da "organização Torre de Vigia", as expressões que são usadas são: a torre de vigia “permite”, “proíbe”, “decide”... Deve-se primeiro ser salientado que a torre de vigia não é mais uma entidade legal da Pensilvânia (EUA), cujo presidente nem sequer é um membro do corpo Governante das Testemunhas de Jeová. De modo que quem trata desse assunto em nossas publicações são os que tomam a dianteira nas congregações em todo o mundo, os irmãos que formam o conselho de administração central, (ou Corpo Governante). A linguagem que é utilizada de que o corpo governante “permite”, “proíbe”, “decide”, etc., pelo menos, não parece muito correta. O corpo governante não proíbe, mas entendemos que é Deus que proíbe o uso indevido de sangue, de acordo com o que a Bíblia diz. (Não é o objetivo deste blog apresentar os argumentos bíblicos contra o mau uso do sangue, par isso se pode contatar qualquer Testemunha de Jeová ou acessar o site oficial www.jw.org). E agora, abordaremos diretamente a questão:

As Testemunhas de Jeová não usam quaisquer parâmetros para determinar quais são os componentes primários ou secundários. Qualquer pessoa que tenha estudado, viu na escola que os quatro componentes do sangue são os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e plasma. Certamente não há dificuldade em encontrar essa divisão em qualquer obra de referência, não é uma invenção da organização. Portanto, a pergunta deveria ser feita aos cientistas, não as Testemunhas de Jeová. Em suma, o sangue é definido como um fluido, incluindo o plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Portanto, cada uma dessas partes em si é um componente básico do sangue e, portanto, é considerado inaceitável. E os componentes dos componentes? Fazem parte do sangue? Essa é uma decisão pessoal de cada testemunha, e é isso que as publicações não usurpam da autoridade, mas muito pelo contrário: cada pessoa decidirá através de sua consciência.


Por exemplo, O plasma sanguíneo é componente líquido do sangue, no qual as células sanguíneas encontram-se suspensas. Apresenta coloração amarelada e corresponde a aproximadamente 55% do volume sanguíneo total. De modo que a Torre classifica-o na lista de "componentes primários". No entanto, no plasma sanguíneo são encontradas diversas substâncias, como: água (92%), proteínas (fibrinogênio, albumina e globulina), sódio (7%), gases, nutrientes, excretas, hormônios e enzimas. Este componente líquido também pode servir como reserva de proteínas do corpo. Por que é que a Sociedade torre de Vigia permite que as Testemunhas de Jeová aceitem TODOS os componentes separados do plasma, mas proíbe o próprio plasma?
Transfundir todos os componentes do plasma separadamente é uma situação absurda e que não reflete a posição das Testemunhas de Jeová. Quem poderia recusar uma transfusão de plasma e aceitar várias transfusões de diferentes componentes do plasma um após o outro? Mesmo, o médico iria prestar-se a esse absurdo? Não. O que algumas Testemunhas de Jeová aceitam é um tratamento com um componente de plasma individualmente. (Além disso, como dito acima, as Testemunhas de Jeová não proíbem, mas entendem que é a Bíblia que proíbe).

As Testemunhas de Jeová dizem que certos componentes são permitidos porque são quantidades muito pequenas. No entanto, por que é que componentes como as plaquetas e os glóbulos brancos (1% do volume do sangue) são proibidos enquanto um componente maior como a albumina (2,2%) é permitida, isso não é uma contradição?
Este tipo de argumento é chamado de falácia do espantalho (também conhecida como Falácia do homem de palha). É um argumento em que a pessoa ignora a posição do adversário no debate e a substitui por uma versão distorcida, que representa de forma errada esta posição. Onde está a distorção nesse caso? As Testemunhas de Jeová nunca alegaram que o motivo de usarem certas terapias por motivos de consciência é a quantidade de sangue utilizado.
A verdade nessa questão é que a Bíblia não especifica se a proibição de sangue aplica-se a frações de componentes secundários. Ou seja, a questão não é se a quantidade de sangue é grande ou pequena (as Testemunhas rejeitam todo o sangue e seus componentes principais, seja grande ou pequena a quantidade), mas se as frações dos componentes podem ser consideradas sangue ou não.
Testemunhas que decidem aceitar uma fração, estão convencidas de que não violam o mandamento do sangue. Para eles, uma fração de uma fração não é o próprio sangue, do mesmo modo que o hidrogênio e o oxigênio não são apenas água. Outros, no entanto, preferem rejeitar tudo o que tem origem sanguínea, mesmo que não possa ser propriamente chamado de "sangue".


Podemos citar um exemplo: de que é composto o ovo? Basicamente é formado pela clara e a gema (esses seriam os componentes primários), porém, existem outras substâncias contidas no ovo como a albumina, componente também presente no plasma sanguíneo, (este seria um componente secundário) essa proteína está contida na clara do ovo em cerca de 55% e é um dos suplementos mais consumidos no mercado do fisioculturismo. Entre uma das principais características da clara de ovo está o fato de que ela é composta por 90% de água e 10% de proteínas. Apesar disso, a clara não contém todas as proteínas do ovo, uma vez que a gema contém 50% do total dos nutrientes. Outros nutrientes da clara de ovo são: Selênio, Potássio, Magnésio, Riboflavina (vitamina B2), Ácido pantotênico (B5), Colina, Betaína, Folato. O fato de algumas pessoas utilizarem a albumina como proteína alimentar para aumentar o desempenho físico quer dizer que ela está consumindo ovo? Não, no máximo, para se afirmar algo do tipo poderia dizer que se consome a clara ou a gema do ovo, nesse caso seriam partes do ovo, mas uma única proteína não corresponde ao ovo, pois só a clara , como vimos, é formada por vários outros nutrientes. Por isso, muitos se refreiam de consumir ovos, uma vez que contém gorduras, então algumas pessoas preferem fazer uso exclusivamente da proteína. Da mesma forma, utilizar a albumina do plasma sanguíneo não representa o sangue total, pois é apenas um componente dentre tantos outros.

Por que se proíbem os glóbulos brancos (leucócitos) quando se sabe que estes circulam por todo o corpo, não apenas no sangue, de modo que um órgão transplantado ou leite materno estão cheios de glóbulos brancos. Não teria de proibir o transplante de órgãos e o leite materno também?
Os leucócitos são de acordo com a ciência médica um dos componentes básicos do sangue, por isso é coerente abster-se de glóbulos brancos. Circulam principalmente no sangue, embora também possam passar através das paredes dos vasos e atuar em tecidos. Os glóbulos brancos que são componentes do sangue são diferentes em suas funções dos glóbulos brancos encontrados no leite. Os glóbulos brancos encontrados no leite não são utilizados em terapias de transfusões. Sobretudo, a proibição bíblica tem haver com sangue e não com o leite. As Testemunhas de Jeová recusam unicamente leucócitos provenientes do sangue e não aqueles que podem estar presentes no leite ou tecidos ou na carne de animais que comemos. Se há leucócitos presentes ou outros componentes sanguíneos presentes em outros lugares o cristão não tem porque ficar preocupado. Quando os israelitas foram ordenados a sangrar os animais, todos sabiam que há sempre vestígios de sangue na carne, mas foi suficiente para mostrarem respeito pela vida ou sangue.

Por que as Testemunhas de Jeová podem se beneficiar quando outros doam sangue para receberem os componentes secundários, mas elas próprias não podem ser doadoras de sangue?
Não temos conhecimento de qualquer publicação que proíba doar sangue. Mas há o fato de o doador não saber o uso que terá o seu sangue, então é razoável evitar que façam uso de seu sangue que poderia violar a sua consciência.

Se armazenar o seu próprio sangue para transfusão autóloga é errado, porque o sangue deve ser derramado no chão, por que permitem o uso de frações de sangue, onde requer que o sangue seja doado e armazenados ao invés de derrama-lo?
O que é considerado uma objeção de transfusão autóloga é o fato de armazenar o sangue para depois voltar a usa-lo como tal. O mandamento da Lei mosaica de derramar o sangue no chão (Lev 17:13, por exemplo) foi baseado no princípio de dar a Deus o que é seu. Não é uma simples ação literal, mas simbólica. Quando o sangue tiver deixado o corpo, ele não pode entrar em outro corpo (nem no seu próprio). Portanto, um cristão não pode armazenar o seu próprio sangue para reinjetá-lo ou para que possa ser transfundido para os outros. Mas, seria impróprio usá-lo para extrair dele alguma fração? Nesse caso, deixaria de ser sangue, de acordo com a consciência de algumas Testemunhas.

Por que dar tanta ênfase em todas as doenças transmitidas por transfusões?
Embora as transfusões de sangue carreguem riscos de saúde que o paciente tem o direito de saber, tais riscos nunca foram apresentados como a razão para rejeitá-los.

Como é entendido que uma testemunha não aceita uma transfusão de sangue e, por outro lado, pode receber um transplante de órgão, que pode conter o sangue de outra pessoa?
Em muitos casos, durante as operações de transplantes são normalmente realizadas transfusões de sangue, o que obviamente não é aceito. Mas se há vestígios mínimos de sangue no órgão transplantado, o sangue não está a ser empregue como tal, também quando restam vestígios de sangue na carne animal, como mencionado antes.

Se o consumo de sangue era um pecado de morte, por que eles não foram executados quando os homens de Saul passaram a comer carne com sangue? [1 Samuel 14: 31-35]
Que foi um pecado grave é claramente afirmado na Bíblia em Levítico 17: 10-14. De modo que foram tratados com misericórdia porque não tinham desobedecido deliberadamente. Não há razão para supor que desobedeceram de propósito e com total falta de respeito. A história diz que o povo “abateram no chão, comendo a carne junto com o sangue." Deviam ter tentado sangrarem os animais, mostrando assim um grau de respeito pela lei. No entanto, devido à fadiga e à fome (o contexto mostra que estavam sofrendo devido ao juramento irresponsável de Saul), eles não foram devidamente sangrados. “Pegaram ovelhas, bois e novilhos, e os abateram no chão”. Assim, apesar de não terem a intenção de desobedecer à lei de Deus, eles não obedeceram de modo correto. Deus perdoou-lhes a vida, mas ao mesmo tempo não aprovou a sua ação, o que é muito interessante, porque mostra que uma emergência não justifica a desobediência a Deus.

Tendo em conta que um israelita em caso de necessidade podia comer um animal que tinha morrido e não foi devidamente sangrado. [Lev. 17:15], e o resultado é que foi considerado apenas como impureza, por que as Testemunhas não aceitam sangue, se necessário?
Em Levítico 5:2, que diz: “Quando uma alma toca em alguma coisa impura, quer seja o corpo morto dum animal selvático impuro . . ., embora lhe fique oculto, ainda assim ele é impuro e se tornou culpado.” Sim, Deus reconhecia que um israelita poderia inadvertidamente errar. Portanto, pode-se entender Levítico 17:15 como provisão para tal erro. Por exemplo, se um israelita comesse carne que lhe fosse servida, e depois descobrisse que esta não fora sangrada, ele era culpado de pecado. Mas, por isso ter sido inadvertido, podia tomar medidas para se purificar. O seguinte, porém, é digno de nota: Se ele não tomasse essas medidas, ele teria “de responder pelo seu erro”. — Levítico 17:16.
Portanto, comer carne não-sangrada não era assunto trivial; podia até mesmo resultar em morte. Nenhum adorador verdadeiro (israelita ou forasteiro plenamente prosélito) podia comer intencionalmente carne não-sangrada, não importava se fosse dum animal que morrera por si só, que fora morto por outro animal, ou que fora abatido por um humano. (Números 15:30) O conselho apostólico confirmou isso. Ao escrever aos cristãos que constituíam o espiritual “Israel de Deus”, proibiu comer carne estrangulada, quer a carne não-sangrada procedesse dum animal que morrera por estrangulamento acidental, quer procedesse dum estrangulado por homem. — Gálatas 6:16; Atos 21:25.

Se as Testemunhas dizem que deve derramar o sangue que é retirado do corpo, por que elas fazem exames de sangue?
O sangue depois de analisado é descartado, não é usado para reintroduzi-lo no corpo.

Uma Testemunha de Jeová deve até morrer por causa de uma recusa de transfusão de sangue, da mesma maneira que fizeram as que acreditavam que os transplantes e as vacinas eram proibidas?
As testemunhas de Jeová não desejam morrer, mas querem o melhor tratamento ou tratamentos alternativos.
Não temos conhecimento de que qualquer testemunha que morreu como resultado de recusar uma vacina ou um transplante. Além disso, as opiniões expressas sobre as vacinas há cerca de 80 anos e dos transplantes à 60 anos atrás não são comparáveis ​​com a posição firme contra as transfusões de sangue, conforme explicado em detalhe nos dois artigos correspondentes que estão disponíveis neste blog.

Por que as Testemunhas de Jeová afirmam que a rejeição das transfusões é uma decisão pessoal, quando todo mundo sabe que é uma posição geral de sua organização, e que a pessoa é expulsa quando se opõe?
A decisão de não aceitar todo ou qualquer um dos quatro componentes básicos do sangue é uma decisão individual, onde houve um processo de estudo da Bíblia, antes de fazer confissão de fé como Testemunha de Jeová. É uma decisão que é tomada depois de uma análise cuidadosa do conceito bíblico, ninguém pode tomar uma decisão pela outra pessoa nem impô-la. É verdade que é uma parte inseparável do nosso corpo doutrinal, como também é a crença em um único Deus, não um deus trino, ou a crença na vida eterna num paraíso terrestre. É como dizer: "As Testemunhas de Jeová não fumam", no entanto, um fumante que quer ser Testemunha de Jeová deve decidir deixar de forma pessoal e individual esse mal proceder no seu processo de conversão. Nenhuma pessoa no primeiro século que negou a natureza divina de Cristo, mesmo estando sujeita a outras doutrinas de fundamento bíblico, poderia chamar-se cristão, mas a aceitação de Cristo como o Filho de Deus só poderia ser feita pessoalmente. Para as igrejas católicas e protestantes, Cristo é Deus Todo-Poderoso, mas que a doutrina deve ser aceita pessoalmente por cada membro. Portanto, é uma posição de nossa religião que todos aceitam pessoalmente.

Vocês expulsam automaticamente um membro que aceite uma transfusão de sangue, quando este poderia ter agido assim devido a uma fraqueza humana devido ao medo?
Qualquer pecado deve ser avaliado a gravidade que está envolvida nos princípios bíblicos. A revista A Sentinela de 15 de fevereiro de 1997 diz: “Isso iria depender da situação, porque a desobediência à lei de Deus com certeza é um assunto sério, a ser examinado pelos anciãos da congregação. As Testemunhas de Jeová querem ajudar a qualquer pessoa que tenha passado pela traumática experiência de uma cirurgia com alto risco de vida e que aceitou transfusão de sangue. Não há dúvida de que a Testemunha de Jeová nessa situação se sentiria muito mal e estaria preocupada com sua relação com Deus. Essa pessoa talvez necessite de ajuda e compreensão. Uma vez que o alicerce do cristianismo é o amor, os anciãos desejam, como em todos os casos judicativos, temperar firmeza com misericórdia. — Mateus 9:12, 13; João 7:24.”


Na revista Despertai! de 22 de Maio de 1994, a capa diz: "Jovens que colocaram Deus em primeiro lugar". Essa revista fala de jovens que morreram por se recusarem a fazer transfusões de sangue. Por que relatam esses casos? A capa desta revista é muitas vezes usada para dar um efeito mais dramático para as acusações contra as Testemunhas de Jeová. É verdade que o número de Despertai relata cinco casos de jovens que lutaram pelo direito de escolher o tratamento médico, e o respeito pela inviolabilidade de seu corpo (direito protegido por lei). Mas, na verdade, dos cinco casos mencionados, apenas dois deles morreram, e eles fizeram em uma situação de escolha de risco cujo direitos são reconhecidos nos tribunais de seus respectivos países.
Em relação ao primeiro destes dois casos, o juiz Robert Wells, do Supremo Tribunal de Terra Nova, disse: "Não tem sido demonstrado que a transfusão de sangue ou de injeção de produtos derivados do sangue é essencial e, nas circunstâncias particulares deste caso, poderiam ser nocivo ". Ele concluiu: "Eu acho que é justo negar o pedido de utilização de produtos derivados do sangue para tratar a Adrian." (Estas declarações foram publicadas na revista Human Rights Law Journal 30 de setembro de 1993.)
No segundo caso, que foi leucemia, só eram garantidos de três a seis meses de vida, se a transfusão de sangue fosse utilizada. Reconhecendo esse fato, era uma questão de escolha com o amparo da Comissão de Ética sob o Hospital Infantil Valley, nem mesmo uma ordem judicial foi feita para impor à força uma transfusão de sangue.
Dos três casos restantes, em um deles fizeram uma transfusão de sangue contra a vontade do paciente, a qual acabou falecendo. O juiz David Main, Toronto, descreveu o caso de um tratamento discriminatório em relação ao paciente, tanto à sua religião e à sua idade. Ele disse: "Tendo recebido uma transfusão de sangue, o seu direito à segurança da pessoa foi violado." Os dois últimos casos são jovens que ainda estão vivos, são exemplos de luta nos tribunais, que acabaram reconhecendo que, como o Supremo Tribunal do Estado de Illinois disse: "O princípio do menor de idade dá o direito concedido pela lei jurisprudencial de consentir ou recusar determinados tratamentos."

A Bíblia diz: “que persistam em se abster de coisas sacrificadas a ídolos, de sangue, do que foi estrangulado e de imoralidade sexual” (atos 15:29). As Testemunhas de Jeová raciocinam que desobedecer a lei do sangue é comparável a praticar imoralidade sexual. No entanto, elas dizem que podem através da consciência individual decidir se poderão utilizar frações de sangue. Então, poderia o cristão utilizar de “frações de imoralidade sexual”, ou seja, fazer algumas práticas sexuais desde que não seja propriamente o ato sexual?
Para responder essa pergunta utilizaremos a ilustração de um site:

Podemos ilustrar porque não devemos achar que componentes principais do sangue não são sangue ao olharmos para o paralelo direto das escrituras de “abster-se de ídolos”
Os cristãos se absteriam de qualquer parte do ídolo que fosse razoavelmente identificada com um ídolo. O mesmo acontece com o sangue. Os cristãos se abstêm de qualquer parte que funcione de modo similar ao sangue e que é logicamente encarada como sangue.
Estou certo de que haveria aqueles cuja consciência os impediria de usar mesmo que partes menores de um ídolo. Alguns usariam somente se fosse totalmente destruída em pedaços.
Outros não veriam problema em usar “qualquer” parte que não mais fosse identificada como sendo um ídolo. Todas essas escolhas seriam válidas e cada um teria razões lógicas do porque fizeram suas decisões. Por outro lado, ninguém poderia de modo apropriado criticar ou condenar outro visto que as escrituras não condenam algo além de um “ídolo” e os princípios bíblicos somente se aplicam a partes que poderiam ser razoavelmente identificadas como sendo um ídolo.
 Ora, cristãos deviam “abster-se” completamente dos ídolos nem mesmo tocando neles (2 Cor 6:15-17; Isa. 52:11) Contudo, caso um ídolo fosse desmontado e uma parte  fosse usada em uma peça de arte, os cristãos logicamente não teriam problemas com ela. Ela não é mais um ídolo e a arte é aprovada por Deus. Deus proíbe “ídolos”,  e não arte.  Alguns poderiam até mesmo argumentar que a obra de arte ainda era exatamente o mesmo componente como no ídolo, mas este seria um raciocínio inválido. Visto que a lei era uma lei “moral” e é absolutamente razoável concluir que tal parte desmontada não era “um ídolo” e que portanto, não seria desobedecer a lei de Deus referente a ídolos. Mas e se o ídolo fosse desmontado somente em seus componentes principais e a base tivesse a inscrição: “Ao meu Deus Medusa” ? Ou ainda, suponhamos que ficasse óbvio que um parte principal deste ídolo é de modo inequívoco um componente principal e destacado, que faria com que outros reconhecessem de imediato o ídolo, não seria este identificado como o ídolo muito embora parte deste? É claro que o cristão não usariam esta parte mesmo se fosse um pedaço, pois seria encarada como exatamente o mesmo que o ídolo inteiro!
https://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2011/03/15/por-que-as-tj-sao-contra-transfusoes-de-leucocitos-globulos-brancos-se-o-leite-materno-possue-leucocitos/


O mandamento do sangue se refere a não comer sangue, mas não se diz nada em relação às transfusões de sangue.
Podemos ilustrar da seguinte maneira: Se um médico recomendasse alguém de se abster-se de álcool, será que isso significaria simplesmente que ela não deveria beber álcool, mas poderia injetá-lo nas veias? Obviamente que não! Do mesmo modo, abster-se de sangue quer dizer que não devemos introduzi-lo de nenhum modo em nosso corpo.



Se um médico lhe recomendasse abster-se deálcool, será que você o injetaria nas veias?



O mandamento bíblico sobre não comer sangue se aplica exclusivamente à vida dos animais que tinham morrido, ou seja, poderia se comer a carne, mas iria respeitar a vida daquele animal morto por não comer o seu sangue. Desse modo, não se aplica esse lei as transfusões de sangue porque quem o doa continua vivo, não morreu, não foi morto para se puder obter seu sangue.

Se utilizarmos desse raciocínio então poderíamos concluir que os servos de Deus podiam retirar o sangue de animais, desde que os deixassem vivos, e ingeri-lo ou até mesmo usá-lo para pintar ou para qualquer outro uso.
Desde o primeiro livro da Bíblia, Deus indicou o derramamento sacrificial do sangue de Jesus, para que os homens pudessem ganhar a vida eterna. (Gên. 3:15; 22:2-10; Isa. 53:10-12) Embora aquele sacrifício ainda estivesse no futuro, Jeová tornou claro que seus adoradores deviam considerar a vida e o sangue como sagrados. Mas, ele exigiu também que suas ações se harmonizassem com este conceito divino. Não se subentendia a conduta no que Deus disse a Noé e sua família, quando pela primeira vez lhes permitiu comer carne animal? Deus disse: “Todo animal que se move e que está vivo pode servir-lhes de alimento. Assim como dei a vocês a vegetação verde, eu lhes dou todos eles.  Somente não comam a carne de um animal com seu sangue, que é a sua vida” (Gên. 9:3, 4) Portanto, se matassem um animal para alimento, teriam de tomar medidas deliberadas para fazer escoar o sangue do animal, para que o sangue não fosse consumido.
Não se tratava dum mero regulamento dietético, nem dum rito religioso sem objetivo. Essa atuação envolvia um altamente importante princípio de moral: O sangue representava a vida que provinha de Deus. E é digno de nota que ele passou a dizer que, embora o animal pudesse ser morto para alimento, não se podia matar um homem. Portanto, se o sangue animal, representando a vida, devia ser encarado como sagrado, e não ser ingerido para sustentar a vida, é óbvio que a vida e o sangue humanos deviam ser encarados e tratados como ainda mais sagrados. — Veja Mateus 6:26.