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sábado, 23 de novembro de 2013

Raymond Franz - Crítica ao livro

Raymond Franz - Crítica ao livro



Críticas ao livro "Crise de Consciência"











Fazendo uma análise básica e resumida do livro "Crise de Consciência", alguns observadores concluíram que ele apresenta dados basicamente já conhecidos e alguns pensamentos bem-fundamentados, mas que os embaralha com diversas afirmações não-verificáveis e conclusões improcedentes. 


Por exemplo, seus críticos questionam: “Que prova há de que a "regra dos 2/3" realmente existiu? E se realmente existiu, que prova há de que realmente funcionava como ele apresentou? Só temos a palavra de Raymond Franz.” Entretanto, esta e outras afirmações são tomadas por críticos das Testemunhas de Jeová como indubitavelmente comprovadas, a mesma atitude que Raymond Franz atribui às Testemunhas.

Observadores deste autor apontam que, de modo geral, Raymond Franz demonstrou:



(1) A tendência psicológica de escolher interpretar negativamente as palavras e ações dos outros. Por exemplo, se você pergunta para uma pessoa há quanto tempo faz um trabalho e ela responde algo como "um ano e nove meses", essa resposta pode lembrar a reação de um presidiário, mas também pode lembrar o entusiasmo de um apaixonado. O que falamos sobre outras pessoas revela mais a respeito de nós mesmos do que a respeito delas, pois nós projetamos nos outros aquilo que há no nosso coração.

O próprio Raymond Franz admite que por muito tempo não estudava a fundo a Bíblia, que idealizava a Sociedade e que era dedicado à organização e não a Deus e a Jesus, mas dá a entender que isso se aplica a todas as Testemunhas de Jeová, projetando suas falhas em milhões de indivíduos únicos e diferentes dele. Porém, a maioria das Testemunhas de Jeová não se encaixa neste estereótipo. Se desde o princípio Raymond Franz tivesse (1) sempre estudado e meditado nas Escrituras e compreendido que o entendimento é progressivo, (2) encarado equilibradamente os que tomam a dianteira como humanos íntegros, mas imperfeitos e (3) se dedicado a Deus e a Jesus e visto a congregação [igreja, organização] como um meio, um instrumento através do qual servia a Deus e a Jesus e não o alvo de sua dedicação, ele não teria passado por nenhuma "crise de consciência".



(2) A tendência de não apresentar alternativas positivas. Nada se constroi apenas apontando supostos erros do passado e declarando o que não devemos fazer. O que Raymond Franz sugere que os cristãos façam de positivo daqui em diante? Devemos fechar todas as nossas organizações religiosas (incluindo as sociedades bíblicas que imprimem e distribuem a Bíblia)? Devemos nos limitar a uma união mística e não ter absolutamente nenhum tipo de sistema formalmente organizado para coordenar nossos empenhos e maximizar nossos resultados e absolutamente ninguém desempenhando a função de coordenador e de instrutor para o benefício de todos?

São essas conclusões que parecem ser subentendidas, mas não declaradas. Entretanto, observadores apontam que muitos ávidos leitores de Raymond Franz pertencem a organizações religiosas nas quais também houve e há erros e problemas, embora sejam outros. Estes também esquecem-se que as editoras que publicam os livros dele também são organizações. Todas estas organizações também devem ser erradicadas? Seus leitores aceitariam a extinção das suas organizações? Outra observação é que diversos leitores de Raymond Franz pesquisam seus livros para poder apontar os supostos erros das Testemunhas de Jeová, em vez de fazer uma auto-análise pessoal e também analisar e corrigir suas próprias organizações como o autor sugere.
Também parece contraditório Raymond Franz falar contra o conceito de organização religiosa, mas ter como fonte de renda a venda de livros publicados por organizações (as editoras) e comprados por devotos membros de organizações religiosas. Os críticos de Franz arrazoam que, se a Associação Torre de Vigia é uma “Igreja Católica" e Raymond Franz é um “Lutero", “Calvino", etc., então ele deveria pregar suas "95 teses", ir para sua “Genebra". Entretanto, ele se limita a apontar supostos problemas e erros, mas "tem tornado óbvio em várias ocasiões o seu desinteresse em formar qualquer tipo de 'nova organização' religiosa e nem qualquer interesse em pertencer novamente a um sistema religioso". Essa recusa é reveladora de sua atitude. Mohandas Gandhi fez uma lista do que chamou de "os sete erros capitais no mundo", entre eles "conhecimento sem caráter" e "adoração sem sacrifício"; mais tarde seu neto Arun Gandhi acrescentou um oitavo erro: "direitos [liberdades] sem responsabilidades". Infelizmente, muitos estão 'em 
busca da liberdade cristã', mas não querem a responsabilidade cristã.
Muitos observadores reconhecem os tipos de problemas que Raymond Franz aponta nas religiões organizadas. Entretanto, concluem que a causa do problema não é o fato de estarem organizadas e sim o afastamento dos princípios bíblicos. Problemas sempre existirão enquanto o ser humano for imperfeito, com ou sem organização. Mas os cristãos precisam se organizar de alguma forma para poderem cuidar bem uns dos outros e cumprir com eficácia máxima sua grande comissão. Portanto, a solução não é dissolver toda organização religiosa, mas sim promover constantemente ajustes e reajustes bíblicos conceituais e organizacionais.

(3) A tendência a uma postura reativa. A impressão é que a maior parte do tempo Raymond Franz se limitou por décadas a ficar remoendo os supostos erros e negligências dos outros. Poderia ter exercido sua consciência e imaginação para escolher uma reação mais construtiva: ter iniciativas positivas em palavras e ações, concentrar-se naquilo que podia mudar, aceitar serenamente a realidade atual da época e ao mesmo tempo visualizar uma realidade melhor, mudar primeiro a si mesmo antes de querer mudar os outros para se tornar uma influência positiva e aumentá-la gradualmente de modo a contribuir ativamente para a melhoria. Em resumo, faltou a Raymond Franz a decisão consciente e esclarecida de ser um modelo e não um juiz, ser parte da solução e não do problema.
Com isso, Raymond Franz perdeu uma oportunidade extraordinária de exercer uma influência positiva sobre as Testemunhas de Jeová e inúmeras outras pessoas através de um bom exemplo e ensino. Poderia ter servido como um grande instrumento de Deus. Mas escolheu nutrir uma atitude negativista e reativa. É exatamente o oposto do que devemos ser e do exemplo e ensino de Jesus.
Esses observadores contrastam essa atitude com a de seu tio Fred Franz, que exerceu com paciência sua influência positiva e contribuiu ativamente para melhorias graduais que corrigiram diversas das falhas reais apontadas por Raymond Franz (falhas irreais só podem ser resolvidas com o reconhecimento de que elas não existem fora da nossa percepção). Fred Franz acreditava que um maior entendimento bíblico com o tempo levaria a aprimoramentos conceituais e organizacionais.
Observadores também apontam que foi justamente por esta percepção que Fred Franz colocou seu sobrinho no importante projeto da enciclopédia bíblica “Ajuda ao Entendimento da Bíblia” e depois na estratégica Comissão de Redação. Fred Franz valorizava a Bíblia, queria aumentar o entendimento bíblico das Testemunhas de Jeová em geral (incluindo o de seu sobrinho) e acreditava no potencial de Raymond Franz. Segundo eles, infelizmente, Raymond Franz não entendeu este princípio e acabou fazendo o oposto do que seu tio esperava. Talvez posteriormente ele até mesmo pudesse ser o presidente da Associação Torre de Vigia e estar influenciando grandemente as Testemunhas de Jeová. Assim, Raymond Franz teve uma oportunidade única e grandiosa de promover ajustes conceituais e organizacionais entre as Testemunhas de Jeová e a desperdiçou. Estes ajustes acabaram sendo feitos sem ele e os problemas que alega que o incomodavam tanto (como a excessiva centralização) já foram resolvidos e outros serão feitos gradualmente. (Sobre 
esse assunto, veja A Sentinela de 15 de janeiro de 2001, pp. 28-31, em especial o quadro na pág. 31 intitulado “Um Anúncio Especial”)
Assim, a conclusão a que muitos chegaram é que o livro "Crise de Consciência" selecionou e interpretou informações de modo a apresentar uma visão fortemente enviesada e negativa das Testemunhas de Jeová que está em desarmonia com o que aconteceu e acontece efetivamente neste grupo religioso, refletindo a atitude negativa geral e a compreensão limitada de Raymond Franz sobre como a vida funciona e como aplicar os princípios bíblicos com sabedoria.

5 comentários:

  1. Você sim é um verdadeiro cristão.Porque o cristianismo sempre foi conhecido por querer destruir aqueles que não concordam com ele através da força ou de mentiras que visam manchar a reputação do seu desafeto e promover sua religião assim como aconteceu nas cruzadas e nos próprios escritos primitivos onde os cristãos sempre atacavam os judeus e outros ,os colocando como ruins e eles , os cristãos como bonzinhos é claro.Pesquise um pouco mais sobre os cristão primitivos e você verá que isso acontece até mesmo na biblia,que não passa de um livro de religião cheio de preconceitos e erros.Sim , ERROS ,MUITOS ERROS E CONTRADIÇÕES.
    Li os dois livros do Ray Franz e posso dizer que as afirmações não foram feitas de modo a não ser possível uma verificação porque seus argumentos eram sobre as próprias revistas das testemunhas que ele citava a edição e o número e colocava a imagem das revistas no livro além de colocar a citação dos textos e comentários dele e de eruditos conhecidos que ele pesquisava e também Fred Franz , seu tio,sempre colocando o nomes dos tais diferente da sua argumentação que fala sobre alguns críticos do Ray Franz...haha
    Quem são esses críticos dos livros dele?Você e seus amigos TJs?Bem conveniente... fica dificil fazer uma analise imparcial dos argumentos desse jeito.
    Ja conheço sua religião e sei que vocês acham que tem um entendimento superior ao das outras pessoas , mas a verdade é que vocês estudam os mesmos assuntos semana após semana e ficam ouvindo essa propaganda de que são melhores que os outros e tem mais conhecimento que outros e acabam acreditando.O conhecimento de vocês é limitado e quem controla sua vida não é a sua consciência , nem Deus , nem Cristo.Quem controla suas vidas é o corpo governante que manda e desmanda em vocês fazendo vocês acreditarem que estão decidindo por si mesmos até mesmo se é aconselhavel peidar ou não...
    Dúvido muito que você tenha lido até o final esses livros que você , alto crítico , está criticando.
    A própria base do que você acredita esta corrompida,a biblia.Cada um tem direito a opinião.Você a sua e o falecido Ray a dele.Mas tenta respeitar um pouco a forma de encarar a religião dos outros porque a biblia é só mais um livro . Um livro sanguinario que levou muitos a morrer e a matar por seus ensinamentos.

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  2. Interessante é que você acha mais "inteligente" acreditar em uma criatura do que no Criador. Você acredita nos falsos argumentos de RF, mas não acredita na Bíblia. Se você acha que tem argumentos para contestar a Biblia, quanto mais ainda você achará que está com a verdade para se opôr ou defender algum escrito, seja de quem for. Mas é justamente aí que encontramos a diferença: enquanto opositores usam toda sorte de palavras carnais baseados em seus próprios pensamentos, as TJ usam a Bíblia e se esforçam para seguir de perto o Criador e agrada-lo.

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  3. Os argumentos de Ray Franz você não provou que são falsos,apenas taxou.Engraçado também que quando você fala que as TJ usam a Bíblia e se esforçam para seguir de perto o criador e agrada-lo,parece uma frase de a Sentinela.Percebeu como o raciocínio nunca é o seu mesmo?Mas era de se esperar,se toda semana você vai ao salão do Reino e repete as mesmas coisas através de perguntas e respostas durante os estudos , era óbvio que quando apareça uma pergunta parecida com a que você respondeu na Sentinela você vai dar a mesma resposta que la esta. O corpo governante esta dentro do seu cérebro.
    Então vamos usar argumentos biblicos,se você me responder a todas as perguntas eu até passo a acreditar na bíblia.Vamos ver seu conhecimento como anda.
    Começando por Abraão:
    Em Genesis 11:26,lemos que Tera se tornou pai de Abrão aos 70 anos de idade.No verso 31 e 32 , lemos que Tera saiu junto com Abrão e Sarai para Ur dos Caldeus,a fim de irem para a terra de Canaã e Tera morreu aos 205 anos em Harã.Ou seja Abrão tinha 135 anos quando seu pai morreu(205{idade de Tera quando morreu}-70{Idade de Tera quando Abrão nasceu}).
    Ja em Gen 12:1-4,Jeova da uma ordem a Abrão para que ele saia da sua parentela , da terra de Harã após a morte de seu pai , para a terra que fosse indicada.Nos versos 4 e 5 lemos que Abrão tinha 75 anos quando Deus deu essa ordem a ele e eles passaram a ir para a terra de Canaã.
    Como você me explica que Abrão tinha 135 anos quando seu pai morreu e tinha 75 depois da morte de Tera quando saiu da terra de Harã?Será que Abrão tomou o elixir da juventude?

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    1. Acho que "as mesmas coisas" a que você se refere é a Bíblia. Realmente a Bíblia tem uma só linguagem. Quanto a mim, você não sabe quem eu sou, nem o que eu faço. Em relação ao conhecimento bíblico, ninguém sabe de tudo e sempre devemos está aptos a aprender, é contínuo. Por isso que existem pessoas que se juntam para aprender mais sobre a Bíblia e divulgar a outros aquilo que aprenderam, foi assim com Russell. Você diz: "se você me responder a todas as perguntas eu até passo a acreditar na bíblia.Vamos ver seu conhecimento como anda", acredito que o dom de investigação, do querer aprender, descobrir, refletir, etc., não é para todos, você, na verdade, não quer saber, pois se você não deixar que o Espírito Santo lhe revele as escrituras, não sou eu que vou lhe convencer que a Bíblia provém de Deus. Além do mais, não preciso preciso provar conhecimento bíblico para ninguém, nem preciso ter todo oconhecimento desse mundo. No entanto, para alguém que leu as suas indagações quanto ao texto de Gênesis e ficou se perguntanto qual a explicação, eis a resposta: Gênesis 11:26, que reza: “Tera viveu setenta anos, sendo que depois se tornou pai de Abrão, Naor e Harã.” Note que, este texto na realidade não diz que Tera tinha setenta anos quando Abraão nasceu, mas que ele se tornou pai de três filhos, depois de atingir os setenta anos de idade. A comparação entre Gênesis 11:32 e Gênesis 12:4 revela que Abraão tinha setenta e cinco anos de idade quando partiu de Harã, depois de seu pai falecer a idade de duzentos e cinco anos. Portanto, Tera não tinha setenta anos, mas cento e trinta quando Abraão nasceu.

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  4. Boa resposta ,parabéns . Seu blogue parece muito proveitoso para aumentar em conhecimento ....

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